Bons ventos, novos ares

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Estamos no limiar de um novo ano que se inicia. Recheado do mais absoluto e poderoso presente que pode ser ofertado a cada um de nós: 365 dias de páginas em branco prontas para serem escritas; ou em outras palavras, para exercermos o nosso livre-arbítrio.

Normalmente, já começamos a fazer uma retrospectiva dos melhores e piores momentos do ano que se finda e com isso, traçamos um esboço para o porvir, de acordo com os aprendizados, decepções, fatos e momentos que nos fizeram chegar até aqui, certamente modificados por tantos e tantos desafios que de alguma maneira, atingiram cada um de nós.

Com isso, devemos ter em mente que não temos o controle total de nossas vidas e sendo assim, precisamos estar abertos às oportunidades que nos chegam, como bênção, seja em qual sentido for: uma punição ou uma ótima surpresa.... Infalivelmente nos levam a galgar mais um degrau no quesito autoconhecimento.

Quando a consciência aflora para o fato de que a colheita é um fato imutável em si, onde o que difere é aquilo que se planta, sabemos que a obrigatoriedade do aprendizado é fator que nos incentiva ao burilamento. No sentido oposto, se estamos afastados do grande propósito da existência - a evolução - toda colheita aparenta ser um fardo injusto e extremamente pesado.

Ao traçarmos um paralelo entre nossas escolhas durante a vida, não há como duvidar da justiça divina. Ao aceitar, interiorizar e agradecer, estamos retribuindo ao Universo pela possibilidade do avanço, mesmo que imperceptível, em direção ao Alto. Ou seja, há uma sintonia positiva e favorável para que sejamos agraciados com todas as benesses que, sem sombra de dúvida, estão à disposição de todos aqueles que souberam e sabem ser e agir como seres humanos eternamente aprendizes.

O vento sopra em todos os lugares e para todas as direções, as oportunidades de regeneração estão inteiramente abertas para todos, sem exceção. O que falta, certamente, é o equilíbrio, o bom senso e principalmente, a empatia.

Fechando 2016 com chave de ouro, não há surpresas para quem soube o caminho por onde trilhar e hoje, colher os bons frutos da semeadura. Aos que se perderam ao longo do percurso, sempre há a chance de repensar conceitos e quebrar paradigmas.

Bons ventos trazem a oportunidade da mudança.

Novos ares trazem a chance de renovação.

Permita-se!

Luciana Brandalize

Foto de Luciana Brandalize

Luciana Brandalize

Articulista e redatora que transforma sentimentos em palavras. 

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