desktop_cabecalho

Em clima macabro, Macron troca afagos com Nicolás Maduro (veja o vídeo)

Ler na área do assinante

A França de Vichy foi um capitulo vexatório na história do país, depois de capitular rapidamente frente ao exército nazista na II Guerra Mundial, o governo francês aquiesceu em dividir o país em dois e parte sul ficou conhecida como França de Vichy pois nessa cidade foi instalada uma nova capital com um governo títere francês subalterno às vontades de Hitler. Um clássico da covardia mundial.

Depois de um vídeo que viralizou na internet mostrando um encontro amistoso entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante a COP27, no Egito, na segunda-feira, 7. Macron convidou Maduro para “realizar um trabalho bilateral útil” em toda a América Latina.

Como presidente de uma nação considerada um dos berços da democracia, o simples fato de Macron cogitar ‘realizar um trabalho bilateral’ com um ditador sanguinário como Nicolas Maduro, é uma ofensa aos ideais franceses.

A conversa, de um minuto e meio, ocorreu em um corredor do espaço que sedia a conferência sobre as “mudanças climáticas”, na cidade de Sharm el-Sheikh.

“Ficarei feliz se pudermos conversar mais”, disse Macron a Maduro.

Nas imagens, é possível ver ambos dando um aperto de mãos e sorrindo.

Desde 2018, o apoio internacional ao presidente da Venezuela, Juan Guaidó, perdeu força na Europa. Em contrapartida, os canais de diálogo entre Macron e Nicolás Maduro se mantiveram abertos. Macron busca adotar uma política externa de “potência equilibradora” para a França, e não romper conversas com Maduro.

Macron parece querer aproximar-se de líderes de esquerda. O presidente francês vai receber em Paris seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, o primeiro de extrema esquerda do país, que restabeleceu as relações entre Bogotá e Caracas, depois de uma ruptura que durou três anos.

Em crise energética em virtude da invasão da Rússia à Ucrânia, a Europa sofre com a falta de gás e busca fontes de energia “sujas”, como o petróleo (em abundância na Venezuela), para manter-se aquecida no inverno.

Macron se equivale assim ao presidente da República de Vichy Marechal Pétain, um notório traidor de sua pátria e colaborador do nazismo.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

Ler comentários e comentar