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13 Estados e Uma Sentença... Que Deus tenha piedade de nossa nação

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“A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças. Daí a necessidade de saber escolher as companhias”. (William Shakespeare – Henrique IV).

Em 1957 foi lançado o espetacular filme do diretor americano Frank Capra, “12 homens e uma sentença”. Nele os jurados, em número de doze devem decidir se um jovem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. A acusação é que ele matou o próprio pai.

O juiz diz a todos os jurados que eles têm uma grande responsabilidade nessa decisão, pois trata-se de uma vida em jogo. Ao se reunirem para discutir, os jurados rapidamente afirmam que o garoto é o culpado, pois eles têm mais o que fazer e querem voltar para suas casas, seus afazeres. Um único jurado fica contra todos, o de número oito. E diz que tem dúvidas se ele é culpado ou inocente. Ele não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado.

Essa dúvida faz com que ele insista em chamar todos para discutir o assunto, aprofundar, debater para se chegar a um veredito mais racional. Diante disso, o debate se instaura entre os doze jurados. O jurado de número 8 começa a explicar quais são os pontos duvidosos que o impedem de votar pela condenação.

A argumentação desse jurado é pautada na lógica e na razão e acaba por abalar a certeza dos demais componentes do júri. Esse filme demonstra a superioridade da razão diante de concepções fundadas nas crenças, nos pré-conceitos ou costumes.

Aqui a mentira, a dúvida, a certeza sem evidencias concretas, foram suplantadas pela razão.

Em 29/06/2022, o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), publicou um novo estudo, onde afirma que 14 das 27 unidades da federação no Brasil têm mais de 40% de sua população na pobreza. Pobres, segundo a classificação adotada pela FGV Social, “são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita por mês, considerando preços do quarto trimestre de 2021, ou U$ 5,50 por dia”.

Dez desses Estados tem mais de 40% de seus moradores na linha da pobreza: Sergipe (48,17%), Bahia (47,33%), Paraíba (47,18%), Pará (46,85%), Amapá (46,80%), Roraima (46,16%), Ceará (45,89%), Piauí (45,81%), Acre (45,53%) e Rio Grande do Norte (42,86%).

Em quatro Estados, o percentual ultrapassa a metade da população: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco (50,32%).

Lula venceu em: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Volte ao parágrafo anterior e veja que os estados mais pobres do Brasil escolheram votar contra Bolsonaro. As únicas exceções são Minas e Tocantins.

Isto impressiona, pois essas pessoas sobreviveram, não viveram, sobreviveram durante 16 anos sob o chicote dos petistas. Jamais saíram da linha da pobreza. Nunca suas vidas foram transformadas. Mentira? Não, nunca, se é mentira os mentirosos são FGV Social e o IBGE. Mas suas vidas de abandono são a prova maior.

Por que aceitaram a mentira de Lula dizendo que em seu tempo todos eram ricos, todos tinham casa própria, todos viajavam de avião, todos comiam picanha e bebiam cerveja? Por quê?

A verdade nua e crua nos mostra que durante 16 anos a grande maioria viveu como bois de carroceiro, com um anel no nariz sendo levados de um lado para o outro. Ou era assim ou os carros-pipas que abasteciam de água as casas dos nordestinos jamais apareciam. Todos eram controlados por vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e no final o grande chefe Lula.

Essa grande maioria teve a oportunidade de se libertar. Será que se abateu sobre eles a “Síndrome de Estocolmo”:

“A síndrome de Estocolmo foi descrita por Nils Bejerot, em 1973, como um estado psicológico particular, no qual a vítima demonstra indícios de lealdade e sentimento de gratidão para com seu sequestrador, de início, como mecanismo de defesa por medo de retaliação. Essa estratégia de sobrevivência pode levar o indivíduo a uma dependência do seu ‘protetor’ não se dando conta da submissão na qual se encontra.  (Montero, 1999) - Revista de Psicologia Organizacional do Trabalho”.

É esse o caso? Os “eleitores-vítimas” norte-nordestinos criaram um tipo de identificação com os agressores, partilharam sentimentos de simpatia com os ladrões petistas? “O que favorece esse cenário são as possíveis atitudes simpáticas e gestos gentis que o raptor pode ter com a vítima, e, essa, sob o estresse da situação iminente de perigo, passa a se sentir ligada a ele”.

Não deveriam esses estados brasileiros que sempre foram pobres, e nos 16 anos do PT continuaram mais pobres, (a estáticas de 2021 não nos deixa mentir), não deveriam esses estados odiar esses homens que mentiram, sequestraram sua confiança, abusaram das promessas?

Por que acreditaram novamente nessas ladainhas? São masoquistas? Ingênuos? Desinformados? 16 anos de sofrimento não bastaram?

“.... A grande imprensa elevando Lula aos status de Lider Político impoluto e a tipificação de Jair Bolsonaro como um bandido.....Os maiores absurdos adquirem o viés de normalidade por conta do jornalismo vagabundo praticado pela grande imprensa brasileira...Em vez de notícias e opiniões consequentes os leitores e telespectadores são vítimas de uma verdadeira lavagem cerebral por meio de propaganda subliminar que escamoteia a verdade dos fatos, edulcorando-os com os artifícios da deletéria engenharia social até o ponto de fazer de Lula um grande líder político e de Jair Bolsonaro um estuprador.
É o cinismo e a mentira elevados à virtude”. (Blog do Aluízio Amorim).

Se apenas sofressem as pessoas desses 13 Estados que em Lula votaram, tudo estaria bem. O problema é que todos nós, durante 4 anos, sofreremos pelos erros infantis dessas pessoas.

Nesses Estados brasileiros a razão foi suplantada pela mentira.

Os habitantes desses Estados acreditam que o socialismo é a solução para sua pobreza. O capitalismo é um erro.

Os que votaram em Bolsonaro estudaram que o capitalismo não é uma ideologia. O capitalismo colocado em prática em todos os países ricos do mundo é baseado no livro de Adam Smith – “A Riqueza das Nações”.

Não, Adam Smith não propôs um modelo econômico para o mundo, como Marx fez com o comunismo. Smith apenas retratou o que existia em comum entre as nações mais ricas de seu tempo e estas características ficaram conhecidas como capitalismo.

“O capitalismo nada mais é do que a liberdade do homem aplicada à economia. Livre mercado, liberdade de dispor do próprio trabalho, liberdade para comprar e vender. Não é uma utopia a ser conquistada que redimiria o homem na terra, nada tem a ver com ética. O sistema capitalista reproduz o que o homem tem de melhor e pior, o que traduz sua força e também sua fraqueza. Uma sociedade doente apenas praticará um capitalismo doente pois o sistema leva para a economia o próprio homem”.

No ano de 1631 morreu o poeta e pregador John Mayra Donne. Sua obra é extraordinária, incluindo-se sonetos, poesia amorosa, poemas religiosos, traduções do latim, epigramas, elegias, canções, sátiras e sermões. Sua poesia é célebre por sua linguagem vibrante e metáfora engenhosa, especialmente quando comparada à poesia de seus contemporâneos. Em 1615, tornou-se um pastor anglicano e, em 1621, foi nomeado decano da St. Paul Cathedral, em Londres. Seus sermões foram e continuam sendo suma fonte de inspiração para toda humanidade

Eis uma pequena parte de um famoso sermão de John Done:

“Nenhum homem é uma ilha inteira em si mesma; cada homem é um pedaço do continente, uma parte do continente; se um torrão é levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como qualquer tipo de seus amigos ou de seus próprios; a morte de qualquer homem me diminui, porque estou envolvido na humanidade. E, portanto, nunca mande saber por quem os sinos dobram; dobram por ti.”

Explicando: “nenhum homem é uma ilha. Os seres humanos estão conectados uns aos outros e essa conexão é importante para o bem-estar e a sobrevivência de qualquer indivíduo. Portanto, quando você ouvir o sino da igreja tocando por alguém que morreu, não pergunte quem é, Donne diz, apenas saiba que está tocando para você também porque você faz parte da mesma sociedade e a morte de qualquer pessoa faz parte de sua vida”.

Os irmãos do norte e do nordeste brasileiro acreditam que são uma ilha. Não são. Acreditam que o socialismo petista os salvará da miséria com promessas fabulosas tais como picanha e cerveja. Nada disso receberão, pois esse filme já foi visto durante os 16 anos de governo petista.

Acreditam que votando contra Bolsonaro, como os induziram o “consórcio de imprensa”, liderado pela Globo, “os supremos”, “os artistas”, “as ongs”, os “advogados do grupo prerrogativas”, os “reitores e suas cartinhas e dezenas de outros desmiolados, acreditam que votando contra Bolsonaro tudo vai se resolver. Bolsonaro é tão somente um brasileiro que foi eleito Presidente. O resultado irresponsável desse voto prejudica a todos pois a ideologia socialista pregada pelo PT e Lula será implantada no Brasil aos poucos.

No filme “12 Homens e Uma Sentença”, venceu a razão, foi dado um veredito, onde o debate aprofundado levou a verdade.

Nos “13 Estados brasileiros e uma sentença”, a sentença foi contra a verdade. Venceu a mentira, o cinismo, com o supremo e a grande imprensa elevando Lula aos status de Lider Político imaculado e a tipificação de Jair Bolsonaro como um bandido.

Em 1621, o decano da St. Paul Cathedral, em Londres, disse em um dos seus sermões que “Nenhum homem é uma ilha”.

401 anos depois, em pleno século XXI, 13 estados brasileiros ainda acreditam o contrário. Acreditam que são ilhas, que são socialistas, que o socialismo transformará suas vidas sem trabalho árduo.

Então sentenciaram Bolsonaro como culpado por suas mazelas e o retiraram do poder.

Que Deus tenha piedade de nossa nação.

Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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