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O pedido de S.O.S do Brasil

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Eles não sabem o dia que voltarão para casa.

Mulheres grávidas, crianças de colo, meninos que só andam e outros que correm. Pais de família, mães, servidores, empregados, empresários, agricultores, caminhoneiros, gente de toda espécie, acampados, longe do lar.

Alguns, reunidos com família inteira; outros, longe de todos e na solidão.

O que querem? Não distinguem ao certo, mas sabem que o pedido é direcionado as Forças Armadas.

O líder que mobiliza? Por incrível que pareça, não existe. Pela primeira vez na história multidões se movem sem alguém que segure o cajado.

Na 17° Brigada de Infantaria de Porto Velho (RO) se junta a outros tantos Brasil afora. As cores, verde, amarelo, azul e branco; bandeiras espalhadas, hino brasileiro ecoando a todo instante, jamais foi usada com tanta paixão pelas multidões. Estão receosos quanto ao futuro.

Gritam o que escreve em banners, faixas e cartazes: S.O.S. FORÇAS ARMADAS.

Se a coisa continuar assim, o caos é bem ali.

Empresas paradas, caminhões encostados, uma marcha nacional que cresce dia após dia, funcionando organicamente como disse: sem líder, sem pauta definida por tempo indeterminado.

A revolta se explica facilmente: INSEGURANÇA ELEITORAL. Os culpados pelo caos tem nome: SUPREMO TRIBUNAL em conluio com o CONGRESSO NACIONAL.

“Congresso COVARDE e CONIVENTE”. É isso que dirão os pais aos filhos sobre esse tempo. Obvio, não se resume tão somente a esse adjetivo, é pior, mas aqui não se pode expressar tamanha irresponsabilidade.

Parlamento indigno da confiança.

SE tivesse emendado a Constituição sobre a prisão em segunda instância.

SE tivesse impedido a censura ao deputado Daniel Silveira.

SE tivesse impedido a usurpação de competência do Supremo.

SE tivesse aprovado o voto impresso.

SE o senado tivesse cassado um ministro do STF.

Nada disso estaria acontecendo.

SE TIVESSEM... Foram covardes e coniventes. O Poder emana do povo através dos representantes. QUE REPRESENTAÇÃO É ESSA? Judas a Jesus ou Caim a Abel?

A quem reclamar?

O judiciário, que no passado, era o alto padrão da justiça, modificou a estrutura. Agora, é reflexo da ditadura. O cão sem vacina antirrábica.

Ou seja, dos três poderes, dois estão completamente desviados da obra. Enquanto um peca, o outro concede suporte e o povo é humilhado como hoje se vê.

Esse e o motivo. A habitação de milhares por esses dias é a frente dos quartéis. Estão atrás da única instituição que podem confiar: AS FORÇAS ARMADAS.

Deveria ser esse o caminho? Não, não deveria.

Tanto é que, na nota emitida pelas Forças Armadas dispensam ao legislativo o dever da ação. Todavia, o povo, não espera socorro do Poder que a quatro anos silenciou-se ante a escalada ilegítima do STF.

Observando os países vizinhos e os erros de lá, o Brasil grita desesperadamente a última via.

Foto de Josinelio Muniz

Josinelio Muniz

Formado em Teologia pela Faculdade Teológica Logos (FAETEL), matéria em que leciona na Comunidade Internacional da Paz – Porto Velho, RO. Bacharel em Direito pela (UNIRON) e Docente Superior pela (UNINTER).

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