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Sensação de ‘déjà vu’... Lula de volta “à cena do crime” e a destruição da economia

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Da revista Veja, publicada em 24/11/2022, extraio o seguinte texto:

“A Petrobras já acumula uma perda de 116,6 bilhões de reais em valor de mercado desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, no último dia 31 de outubro. O cálculo foi feito pelo TradeMap. A quantia seria suficiente para pagar integralmente o aumento de 200 reais nas parcelas do Bolsa Família prometido por Lula mais o adicional de 150 reais por cada criança até 6 anos de idade, que custariam em torno de 70 bilhões de reais. “Lula, ao vencer, trouxe aos investidores preocupações sobre sua influência na empresa, seja em investimentos, política de preços, de distribuição de dividendos e eventuais trocas de pessoas do comando da empresa. A queda da Petrobras gera perda de valor para os acionistas, inclusive o governo”, avalia Pedro Galdi, analista da Mirae Asset. A União detém cerca de 40% do capital da estatal.”

Há um ditado mané, que diz:

“Gato escaldado tem medo até de água fria.”

É de todo compreensível o medo e retraimento do Mercado diante do besteirol despejado por Lula em seus discursos. Suspeito e temo que isto seja apenas o começo de uma tragédia anunciada.

(Entre longo parêntesis: Mané, segundo a tradição, é todo aquele que teve a glória de nascer em Floripa, ou melhor, todo aquele que, além de ter nascido em Floripa, se deu bem na vida. Trata-se de quase um título honorífico, aqui na “Terra dos Ocasos Raros”. É bom esclarecer isso ao ministro Barroso que, além de ignorante de nossas tradições, não entende o que seja e como deve comportar-se um Juiz, coisa que ele não é e nunca foi. Ele nunca fez concurso para Juiz, nunca frequentou a Escola de Magistratura, não fez carreira como magistrado. Apenas caiu de paraquedas – como todos os seus colegas, menos um – no STF por uma conveniência política de Dilma Rousseff: Barroso acabara de publicar um artigo a favor dos réus petistas da ação penal 470 - Mensalão -, argumentando que não houvera formação de quadrilha no governo petista. De fato, esta ‘tese’ salvou a pele de alguns corruptos e aliviou, em muito, a sentença de outros. Na época, em um pequeno texto, eu disse que aquele artigo de Barroso deveria ter o título “Dilma, olhe eu aqui.” Foi este artigo de Barroso que lhe assegurou a sinecura no STF. Coisa de Brasil!)

O Mercado é uma instituição que pertence ao povo. É lá que as pessoas guardam e protegem seus salários, suas economias e a ele (Mercado) recorrem sempre que desejam fazer um investimento: comprar uma casa, um automóvel novo, comprar uma geladeira a prazo, etc.... É bom explicar isso porque petista e demais eleitor de Lula, em geral, não entende o que seja o Mercado. Esses eleitores normalmente seguem seu ignorante guru, Lula, e confundem Mercado com coisa de fascista, explorador dos humildes, etc. Certa vez o historiador da UFSC, Osvaldo Rodrigues Cabral, me falou pessoalmente:

 “A burrice, enquanto estática, não é problema. Já a burrice dinâmica, a burrice cega, a burrice que persiste no erro e insiste em ser burra, esta é uma tragédia.”

Palavras sábias. Pois foi esta burrice dinâmica, tão bem definida por Osvaldo Cabral, um dos maiores fatores a possibilitar trazer Lula de volta “à cena do crime”.

Como parte da corrupção institucional, os governos petistas passados criaram investimentos em ditaduras latino-americanas e africanas. Claro, não sem um substancial retorno aos corruptos incrustados na máquina estatal petista. Só para lembrar, de leve: metrô de Caracas, Venezuela, US$ 20 bilhões; porto de Mariel, US$ 01 bilhão, Cuba; US$ 05 bilhões para Angola; mais Zimbábue, Congo, Guiné Equatorial, República Dominicana, etc.

Imaginem se todos esses recursos, ao invés de dirigidos a ditaduras e governos autocráticos (com o devido retorno, devidamente ‘lavado’, aos bolsos da corrupção petista, claro), fossem aplicados em infraestrutura no Brasil: portos, aeroportos, segurança, estradas, escolas, universidades, ... Seriamos outro país, por certo. Esta desgraça toda é parte da herança maldita que os governos petistas legaram aos brasileiros. Agora, por conta da burrice dinâmica lulopetista, definida por Cabral, o risco de retorno deste tipo de ação lesa-pátria tornou-se evidente.

Osvaldo Rodrigues Cabral foi um profeta do Brasil de hoje.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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