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É hora de ‘separar’ o Rei Pelé do cidadão Edson Arantes do Nascimento e prestar as homenagens ao maior do futebol (veja o vídeo)

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Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, em 23 de outubro de 1940, então uma cidade pequena e rural.

Sua família era humilde. O pai, o jogador de futebol João Ramos do Nascimento, conhecido como Dondinho. A mãe, dona Celeste Arantes. Ele era o mais velho de três irmãos.

Seu nome foi uma homenagem ao inventor americano Thomas Edison, logicamente, com a grafia ‘abrasileirada’ quando do registro em cartório.

Até os seis anos de idade, morou em várias cidades, pois a família acompanhava Dondinho nos times pelos quais jogava, incluindo os mais tradicionais, como o Atlético Mineiro e o Fluminense.

Em 1946, Dondinho assinou contrato com o Bauru Atlético Clube (BAC), clube que adotou o mesmo nome da cidade onde estava sediado, no interior de São Paulo.

Lá, se fixaram, mas a família continuava pobre, e a ‘criança’ Edson dava seus primeiros chutes e marcava seus primeiros gols, hora com bolas de meia ou feitas de papel amarrado, ou ainda com frutas suficientemente grande, redondas e resistentes, como a Toranja.

O suficiente para chamar a atenção por sua habilidade, destacando-se dos demais, mesmo nas peladas de rua de terra e gols demarcados por duas pedras ou pedaços de pau.

Aos onze anos, defendeu sua primeira ‘equipe’, o Sete de Setembro, em campo de terra batida… cobiçado pelos técnicos locais, foi ao Ameriquinha, onde descobriu como era calçar uma chuteira de verdade e onde conquistou também seu primeiro ‘titulo oficial’, o Torneio Início Local.

Goleador, veloz, habilidoso e mais forte do que os demais, mesmo quando enfrentava adversários mais velhos ou maiores, ele foi para o principal clube da cidade, o Bauru ou ‘Baquinho’, o mesmo que havia sido defendido por seu pai, anos antes.

Aos 13 anos já figurava nos quadros do juvenil e acumulava artilharias e títulos na região.

Nessa época, pessoas vinham de outras cidades para vê-lo jogar, o que resultou no convite para seu clube disputar um jogo da segunda divisão do Campeonato Paulista Infantojuvenil. Uma vitória por 12 a 1, com 5 gols do jovem e impressionante craque.

Aos 14 anos de idade, o filho de dona Celeste ainda se aventurou pelo futebol de salão, mas sua superioridade técnica era tanta também nas quadras que já se destacava disputando contra adultos, com extrema facilidade.

Em 1956, enfim, vieram os convites para clubes profissionais de futebol… Rejeitado o Bangu, tradicional clube carioca (vetado por Dona Celeste, pois ela achava o RJ uma cidade grande demais), foi parar na Vila Belmiro do Santos Futebol Clube.

Aos 15 anos, já assombrava os dois gigantes Pepe e Zito, companheiros de equipe e reconhecidos mundialmente, de quem ganhou o apelido de Gasolina.

Foi então que entrou em cena o Pelé, com um novo 'nome' e dando os primeiros passos por um caminho glorioso.

Aos 16, vestiu a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez. Disputou quatro Copas do Mundo, e conquistou três… foi bicampeão da Libertadores e bi-mundial pelo Santos, e só não conquistou mais pois o clube decidiu abandonar essas competições em três oportunidades, mesmo com direito a disputá-las.

Encerrou a carreira aos 37 anos, em 1977. Foram 22 anos pelo Santos e 3 pelo Cosmos de Nova Iorque. Pelé fez 92 ‘hat-tricks’, tem 18 prêmios individuais e 31 coletivos, foi artilheiro de 22 campeonatos, disputou 1366 jogos, entre oficiais e amistosos, e marcou 1283 gols, com a assombrosa média de 0,94 por partida.

Pelé parou uma guerra; Pelé foi eleito o melhor jogador do século XX pela Fifa; Pelé foi o jogador mais bem pago de sua época, em todo o mundo, por alguns anos; Pelé assombrou com a bola nos pés, ainda que muitos tentem dizer o contrário…

Pois o problema é justamente essa mistura que insistem em fazer, entre o fenômeno dentro das quatro linhas e o homem Edson Arantes do Nascimento. Esse último, um cidadão com suas responsabilidades, virtudes e defeitos, apesar da riqueza e da fama conquistada nos gramados e, depois, com publicidade, aparições na TV e participação em filmes.

Foi ministro do Esporte nomeado por FHC e embaixador da Boa Vontade da Unesco.

Edson se casou três vezes, se divorciando das duas primeiras esposas, com quem teve cinco filhos, entre eles o ex-goleiro Edinho.

Edson namorou várias mulheres, entre elas a apresentadora Xuxa Meneghel.

Edson teve duas filhas fora do casamento… com a jornalista Lenita Kurtz, veio Flávia Kurtz, nascida em 1970, reconhecida como filha apenas nos tribunais, mas cuja história ficou apenas nisso.

A outra filha, Sandra Regina Machado, fruto de um caso com a empregada doméstica Anisia Machado, nasceu em 1964.

Sandra, entretanto, queria reconhecimento público, o que se deu através do teste de DNA, porém jamais de forma explícita e declarada pelo próprio pai.

Por algum motivo, muito pessoal, Edson jamais quis conviver ou mesmo ter contato com Sandra, o que a deixou magoada pela vida inteira… e sua história, obviamente, foi contada e explorada pela grande mídia, disseminando controvérsias, polêmicas e o que hoje conhecemos como ‘cancelamentos'.

O caso ganhou ainda contornos dramáticos, pelo fato de Sandra ter conseguido, por méritos próprios, seguir adiante e progredir. No auge, se elegeu vereadora em Santos, mas teve a vida ceifada precocemente, levada por um câncer (em 2006), segundo testemunhas e familiares, pedindo ainda uma última chance de ‘ter com o pai antes de partir’.

Mas os erros e acertos de Edson Arantes do Nascimento passaram a ser confundidos com os erros e acertos do Rei do Futebol, a ponto de alguns considerarem que o primeiro não mereceria os méritos e louros do profissional de futebol, depreciando as conquistas do segundo.

Uma grande bobagem que precisa ser corrigida imediatamente, nos estertores da vida dos ‘dois personagens’ que agora se fundem, finalmente, em um só homem internado na UTI do Hospital Albert Einstein, com um câncer (uma ironia, talvez!) que se espalha pelo corpo e aguarda o momento final para encerrar sua vida.

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, joga sua última partida, agora nos acréscimos, aliviado por remédios para ter algum conforto para a dor… ainda que, talvez, sem o devido conforto na alma.

Mas para isso, ainda temos o 'VAR da vida', mesmo em uma 'outra dimensão'… e lá, ele poderá rever e, quem sabe, acertar as contas e recomeçar.

Mas aqui o que vai ficar é o grito de "Viva Pelé, o Rei do Futebol, para a eternidade e insuperável".

Impossível, dirão alguns… pois separamos um vídeo que viraliza nas redes, com o objetivo de mostrar ao nosso leitor que é impossível retirar o título de melhor do mundo do brasileiro…

Nas imagens, os maiores craques de futebol do planeta, do passado recente e do presente, fazem jogadas geniais… Pois cada uma delas, com extrema precisão, a ponto de pareceram réplicas, já eram executadas com uma genialidade absurda, por Pelé…Vale a pena conferir e comparar pois será impossível negar:

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