Sem refreio ao bolso do consumidor, gasolina e etanol disparam em todo o Brasil

16/01/2023 às 20:31 Ler na área do assinante

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) bem que tentou baixar o preço dos combustíveis durante os quatro anos em que esteve à frente do Planalto. Trocou de presidência da Petrobras diversas vezes, zerou impostos federais para amenizar os preços e até limitou a alíquota do ICMS, taxa estadual, em 17%, em troca de compensar os Estados. Mas, agora, com a Gestão de Lula (PT), os valores começaram a disparar em todo o Brasil e o petista não tem nem um mês governando o país.

Segundo o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio nacional do litro da gasolina ficou em R$ 5,35, um aumento de 1,59%. O etanol seguiu a mesma linha e aumentou 2,74%, com preço na casa do R$ 4,44.

Na comparação por regiões, todas as regiões brasileiras marcaram uma dilatação nos valores dos combustíveis. Na gasolina, o Centro-Oeste teve o valor mais expressivo de aumento, registrando 2,13% e valor em R$ 5,32, o litro. E, no etanol, quem puxa o ranking nada positivo de preços é o Nordeste. Por lá, o combustível subiu 4,75% e o valor do litro está em R$ 4,43. Tudo isso em apenas algumas semanas que Lula está no poder.

Enquanto as boas notícias não chegam, a população, o mercado financeiro e o setor energético aguardam as próximas definições do governo com apreensão. Afinal, todos sabem que o controle do preço dos combustíveis tem impacto relevante sobre a inflação. O diesel, por exemplo, afeta os custos de diversos meios de transporte e das cadeias produtivas em virtude da necessidade de frete. Já a gasolina e o etanol pesam no bolso do consumidor final, que utiliza carros particulares para se deslocar e, principalmente, para os milhares de motoristas autônomos espalhados pelo país.