desktop_cabecalho

Estranhamente, Alcolumbre gasta R$ 343 mil com advogado e mantém sigilo sobre serviço

Ler na área do assinante

O polêmico senador Davi Alcolumbre (União-AP) torrou R$ 343 mil reais em 2022 com ‘consultoria jurídica’, porém alegou que o conteúdo do serviço prestado era sigiloso.

Pera aí, um homem público gasta (muito) dinheiro público e não quer dar explicações a respeito?

Durante todo o ano passado o advogado Leonardo V. Dantas da Cruz recebeu uma ‘mesada’ com verbas do Senado de R$ 35.000,00 a R$ 39.000,00 – para cujos pagamentos as notas ficais descrevem genericamente como ‘serviços advocatícios’.

Não obstante os senadores disporem de uma cota para “contratação de consultorias, assessorias, pesquisas, trabalhos técnicos e outros serviços de apoio ao exercício do mandato parlamentar” – essa cota não pode ser utilizada para advocacia pessoal do parlamentar.

Pressionado pela imprensa, a assessoria de Alcolumbre respondeu:

“O serviço objeto da consultoria jurídica contratada foi efetivamente prestado, mas os respectivos documentos não poderão ser encaminhados para garantir o exercício da atividade parlamentar, conforme proteção assegurada pelo art.5o, inciso XIV, e art. 53, parágrafo 6o, da Constituição Federal”.

O advogado em questão tem livre trânsito na cúpula dos poderes em Brasília. Leonardo Cruz, foi assessor do hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo, entre 2012 e 2013, quando ele mesmo era senador. Cruz também foi indicado pelo irmão do ministro, Veneziano Vital do Rêgo, hoje ele mesmo senador, para ser secretário de Aeroportos da Presidência da República no governo Dilma Rousseff.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

Ler comentários e comentar