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Os ditadores queridos de Lula

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"Um homem que não seja socialista aos 20 anos não tem coração. Um homem que ainda seja socialista aos 40 anos não tem cérebro.” (Georges Clemenceau -1841-1929-, estadista, jornalista e médico francês).
“Lula é especialista em transformar palavras em fatos e em ocultar fatos com palavras” (Arnaldo Jabor (1940-2022))

Já escrevi sobre o incrível tropismo positivo que Lula sempre exerceu sobre o que existe de mais corrupto entre a espécie humana. São políticos, banqueiros e empresários que se locupletaram em dois fabulosos escândalos ocorridos em seus dois mandatos anteriores: Mensalão e Petrolão.

Foram quase todos presos pela Lava-Jato (inclusive o próprio Lula), mas libertados pelo STF em 07/11/2019, com a mudança de jurisprudência que passou a exigir, para o encarceramento, o trânsito em julgado em quatro (!!!) instâncias.

Agora quero falar sobre outra atração positiva: a que ditadores cruéis sempre exerceram sobre Lula. Usarei sempre das próprias palavras de Lula para demonstrar seu tropismo positivo por ditadores.

A foto acima deveria ser publicada em todo o mundo. Principalmente na França, Alemanha, países escandinavos e nos Estados Unidos, onde Lula, o ‘Princeps Corruptorum’, goza de grande popularidade, resultado da cosmológica ignorância dos povos e mesmo governos desses países sobre as coisas do Brasil.

A foto mostra os maiores amantes da ‘democracia’ da América Latina em Cuba, quando foram reverenciar o grande ‘democrata’, Fidel Castro, morto em 25/11/2016. Os ‘democratas’ da foto são:

Na primeira fila, da esquerda para a direita: WAGNER FREITAS (Presidente da CUT), LULA, Daniel Ortega (presidente da Nicarágua), DILMA ROUSSEFF, Raúl Castro, Nicolás Maduro (presidente da Venezuela) e Evo Morales (presidente da Bolívia). Segunda fila: Guillaume Long (chanceler do Equador), GUILHERME BOULOS (MTST), FERNANDO MORAIS (Nocaute), MONICA VALENTE (secretária de Relações internacionais do PT) e Raúl Guillermo Castro (neto de Raúl Castro). Terceira fila: David Choquehuanca (chanceler da Bolívia), Olímpio Cruz Neto, JOÃO PEDRO STÉDILE (Chefão do grupo terrorista agrário MST) e BRENO ALTMAN (fundador de Opera Mundi). No alto, Miguel Diáz-Canel (vice-presidente de Cuba), Delcy Rodríguez (chanceler da Venezuela) e Bruno Rodríguez (chanceler de Cuba).

Ao ver tantos ‘democratas’ unidos, reverenciando o maior ‘democrata’ latino-americano de todos os tempos (Fidel, segundo Lula), uma lágrima de emoção escorreu de meu olho (o esquerdo, claro).

Lula declarou em nota oficial em seu site (não se falou quem a redigiu):

a) Que Fidel foi “o maior de todos os latino-americanos, meu amigo e companheiro.” Tomem nota: “AMIGO e COMPANHEIRO”.
b) “Para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança.” Certamente não esperança em desenvolvimento e liberdade, afirmo eu.
c) “Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de LIBERDADE (sic), soberania e igualdade.” Bela liberdade, esta que Fidel legou aos cubanos! Lembra a liberdade dos coreanos do norte. Pessoalmente, eu fujo dela como o diabo da cruz!
d) “Sinto sua morte como a perda de um IRMÃO mais velho, de um COMPANHEIRO INSUBSTITUÍVEL, do qual jamais me esquecerei.”

Falemos, então, um pouco sobre os feitos do “amigo e companheiro”, “irmão” e “companheiro insubstituível” de Lula e sua contribuição para a democracia e liberdade dos povos.

Fidel foi o revolucionário que libertou Cuba da ditadura do generalíssimo Fulgencio Batista (1901-1973), também conhecido como sargento Batista, referência à sua patente na época em que deu o golpe de estado que o levou ao poder. Fidel libertou Cuba de Batista para escravizá-la ao comunismo soviético. Mandou ditatorialmente em Cuba por cinquenta anos. Penso que por ter mandado por tanto tempo em seu país sob absoluta censura é que Fidel granjeou tamanha admiração de Lula, que não cansa de apontá-lo como exemplo maior de liderança política. Deve ser, esta admiração de Lula por Fidel, uma confissão do que desejaria para si em relação ao Brasil.

Fidel foi o ‘democrata’ que criou o “Paredón”, instituição que, pelas estatísticas, supostamente inspira o amor de Lula por ele. Vejam que maravilha este 'Paredón' de Fidel: 5.775 mortes por fuzilamento.

Mas a obra ‘democrática’ de Fidel que o transformou, segundo Lula, no “maior de todos os latino-americanos, meu amigo e companheiro.” não se restringe ao ‘Paredón’: São mais 1.231 assassinatos extrajudiciais, 984 presos políticos mortos e 200 desaparecidos. Total: 8.190 mortos pelo regime do “amigo, companheiro e irmão” de Lula, Fidel Castro.

Não incluí, acima, os cubanos que, enfrentando os riscos de morte em embarcações precárias, fugiram e fogem para a Flórida, Estados Unidos. Só nos últimos 25 anos, um milhão de cubanos deixaram o país; destes, cerca de 800 mil foram para os Estados Unidos. E a diáspora nunca parou, sempre em direção aos Estados Unidos e outros países, NUNCA em direção ao ‘paraíso’ socialista de Fidel, “amigo, companheiro e irmão” de Lula. Talvez resida nesses feitos, mais a brutal censura imposta na ilha, a admiração de Lula por Fidel, a ponto de o declarar, após a morte em 2016, “o maior de todos os sul-americanos, seu irmão e companheiro insubstituível.”

Este é o cara, Lula, que é recebido com pompa e circunstância por Biden, presidente dos Estados Unidos, por Macron, presidente da França e por Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Lula representa o inverso de tudo o que estes chefes de governo pregam e representam.

E não estou falando de caráter, porque aí a coisa extrapola demais. Lula já foi condenado em quatro processos por corrupção e lavagem de dinheiro, dois deles com condenação confirmada até a terceira instância. E, no entanto, Lula é paparicado por essa gente. Só posso atribuir isso, principalmente, à total ignorância dessa gente sobre o que se passa no Brasil. Ou, quem sabe, por algum interesse inconfessável em favor deles, mas contrário ao Brasil. Esta gente é muito pragmática!

A foto lá de cima deveria, também, ser ampliada e colocada na sala do Presidente do TSE em Brasília.

“Missão dada, missão cumprida”, falou o ministro corregedor do TSE - aquele que adora receber tapinhas carinhosos na cara, vindos de Lula. Sim, tapinhas íntimos na cara, ele é mesmo o Benedito, lembram? Benedito disse “Missão dada, missão cumprida” aos ouvidos do presidente do TSE na cerimônia de diplomação do Grande Larápio e amante insuperável da democracia cubana (e demais ditaduras, acrescentemos), Luiz Stalinácio Lula da Çilva.

Aliás, o hábito de Stalinácio de dar afagos íntimos na cara vem de longe. Lembro-me de quando, ao despedir-se de Fidel em uma de suas visitas ao grande ‘democrata’ cubano, Lula tacou-lhe um tapinha carinhoso na cara, enquanto dizia “Tchau, querido!”.

Numa das reuniões, na abertura da Cúpula da União Africana, em Sírte, na Líbia, em 1º de julho de 2009, Lula aconchegou-se com as duas mãos ao ditador líbio Muammar al-Gaddafi e o chamou de "amigo e irmão".

É isso, Lula sempre teve muitos amigos, líderes e irmãos: Chaves, Maduro, Noriega, Fidel, Gaddafi, ... Ainda assim é muito bem recebido por líderes de honrosas democracias ocidentais. Durma-se com tal barulho.

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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