desktop_cabecalho

A “fritura” de Haddad

Ler na área do assinante

Numa postagem que fiz nas redes sociais no dia Sete de Fevereiro, eu deixava claro que Haddad seria fritado. Como os setores do mercado se pautam nos intentos com o Ministro da economia, era impossível para Lula manter suas promessas, e ainda fazer uma boa política econômica. Haddad sempre foi visto como poste, e pouca coisa mudou desde que assumiu o Ministério.

Com a coleta de assinaturas para a CPMI do dia oito, os parlamentares da base governista tiveram de reduzir drasticamente as articulações da Reforma Tributária, no intuito de tentar impedir a instalação da comissão. Isso trará mais problemas para Haddad, já que o reajuste dos combustíveis é uma realidade e não haverá outro tema para substituir o assunto da pauta.

Porém, como se não bastasse a maré ruim, notícia pesada para o PT mesmo, foi a adesão do União Brasil ao bloco da oposição.

O que já era difícil de aprovar de projetos de emergência, agora fica ainda mais longe.

Inácio será obrigado a dar mais para o Centrão, que agora tem mais cartas na mesa, o que trará indisposição com setores da própria esquerda, que apoiaram o presidente no último pleito, e queriam uma fatia maior do bolo.

Com estimativas de alta inflacionária, e pouca oferta de emprego logo no primeiro ano, Lula pode experimentar uma crise forte o suficiente para balançar sua cadeira no Planalto. E não vai adiantar mais falar de Bolsonaro toda hora para tentar mudar o foco. A população apática a política já nem lembra mais de Bonoro, e não vai aceitar picanha de soja.

Em algumas semanas, é certo que a pressão tende a aumentar, e a pergunta mais feita pelos analistas de plantão é; qual dos dois ministros cai primeiro?

O da Economia, ou o da Justiça?

Ler comentários e comentar