Bilionário da Lojas Americanas quer Tabata como prefeita de São Paulo

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No meio político, a prefeitura de São Paulo é considerada um ‘file mignon’, um orçamento gigante de R$ 95,8 bilhões é maior que o orçamento de 25 das 27 unidades federativas do país.

Para efeito de comparação o estado mais rico da região Sul, o Rio Grande do Sul, tem um orçamento bem menor de R$ 70 bilhões anuais e ainda assim esse orçamento tem que ser divido entre 497 municípios espalhados por uma área de 281 mil km2 – enquanto a capital paulista tem uma receita 30% maior para aplicar numa área de 1,5 mil km2.

Por isso chama a atenção o surgimento do nome da inexperiente deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para a prefeitura de SP, atropelando praticamente todos os grandes partidos de esquerda, inclusive o seu próprio partido o PSB que avança numa fusão com o PDT, do ministro da previdência, Carlos Lupi.

O PT também encaminhava um apoio ao deputado Guilherme Boulos, hoje no PSOL, mas que deve se filiar ao PT em breve.

O normal seria que os medalhões da esquerda se levantassem contra essa aspirante, mas Tabata tem um trunfo, ela é afilhada política do bilionário Jorge Paulo Lemann, ele mesmo, o acionista majoritário das Americanas (e da Ambev, Burger King etc) e homem mais rico do Brasil e isso faz toda diferença entre os esquerdistas.

Intrigante até pouco tempo atrás Lehman era discretíssimo em relação à política, quando para surpresa de todos ele, o maior capitalista do Brasil, declarou apoio à Lula, um socialista, ainda no 1º semestre de 2022. Num primeiro momento ninguém entendeu. Só quando o escândalo das Americanas estourou fez sentido o seu apoio. Outro movimento surpreendente foi a contratação do advogado de Lula, Dr. Cristiano Zanin, para defendê-lo, numa óbvia manobra de aproximação com a cúpula do poder no Brasil.

Pensem comigo qual empresário no Brasil não gostaria de ter sua pupila no comando de um orçamento de R$ 95 bilhões de reais?

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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