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Justiça decide que o príncipe deve continuar privado de sua liberdade

Desembargador diz que há fortes indícios contra o executivo

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O empresário Marcelo Odebrecht vai receber uma péssima notícia na manhã deste domingo. Os seus advogados não conseguiram acabar com a lambança e ele continuará preso.

A Justiça Federal da 4ª região, com sede em Porto Alegre, negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país. 

A defesa de Odebrecht havia entrado com o pedido de habeas corpus na última quinta-feira (25) alegando que não existiam indícios contra o executivo e que a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão, era "ilegal" e “vazia”.

O desembargador João Pedro Grebran Neto, relator dos processos da Lava Jato na segunda instância da Justiça Federal, entendeu que há fortes indícios de participação do executivo no escândalo de corrupção da Petrobras e manteve a prisão.

Marcelo Odebrecht é suspeito de corrupção, fraude a licitações, organização criminosa, lavagem de dinheiro e formação de cartel em contratos com a estatal. 

Assim, hoje, domingo (28), o homem tido como "o príncipe dos empreiteiros" completa o seu nono dia na cadeia.

E a vida de prisioneiro da justiça não é nada fácil. Três dias depois de chegar à prisão, o executivo recebeu material de limpeza para cuidar da própria cela. Não há rádio ou televisão e é proibido fumar. Jornais e revistas, trazidos pelos familiares, são partilhados entre os presos. Nas marmitas diárias, a refeição se resume a arroz, feijão, salada e carne ou linguiça.

Se a prisão perdurar, a crença é que o príncipe não aguenta, abre a boca e conta tudo. A decisão de segunda instância é extremamente importante. A nação agradece.

da Redação Ler comentários e comentar