Fiança de prefeito de Osasco não caiu do céu e evidencia-se como adiantamento de propina

04/01/2017 às 17:28 Ler na área do assinante

Em mais um erro do Judiciário, permitiu-se que Rogério Lins deixasse o presídio num dia, para assumir o comando da prefeitura de Osasco no dia seguinte.

O prefeito eleito foi preso no dia 25 de dezembro, ao voltar dos Estados Unidos, sob a acusação do Ministério Público de ter participado de um esquema de contratação de funcionários fantasmas para a Câmara de Vereadores de Osasco, onde exercia o mandato de vereador.

O processo foi muito bem instruído e a culpabilidade de Lins é notória. Ele efetivamente foi participe do esquema.

O próprio desembargador que concedeu a liminar para a soltura do prefeito eleito, demonstrando não acreditar em sua inocência, arbitrou uma fiança de R$ 300 mil.

Entretanto, permitiu que com isso ele assumisse o cargo e consequentemente tivesse acesso ao cofre da prefeitura de Osasco.

No dia 2 de janeiro, Lins depositou em juízo toda a grana da fiança.

Vale salientar que ele declarou à Justiça Eleitoral que todo o seu patrimônio corresponde a apenas R$ 253 mil.

Parece óbvio que a fiança foi adiantamento de propina.

Colocaram a raposa para cuidar das galinhas.

É a podridão da nossa classe política.

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Gonçalo Mendes Neto

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

da Redação
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