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Em "corrosão", PSDB vive a pior época de sua história

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Em 2022, o PSDB elegeu apenas três deputados federais em São Paulo, seu reduto mais forte – em 2018 havia eleito o dobro, seis.

Em Minas, o PSDB havia eleito 5 deputados federais em 2018, no ano passado apenas dois se elegeram (e um deles foi o Aécio Neves).

Com a evidente derrocada do PSDB, dois partidos têm disputado os prefeitos tucanos remanescente; são eles o PSD de Gilberto Kassab e o PL, partido de Bolsonaro, que hoje é o maior partido do Brasil.

Depois de 30 anos administrando o governo de São Paulo, o PSDB agora, assiste impotente os prefeitos tucanos preparando as malas para se filiar em outras siglas e cogitam possíveis migrações ainda este ano.

Os prefeitos analisam que um alinhamento partidário com o Palácio dos Bandeirantes facilitaria o repasse de recursos estaduais, portanto, seria estratégico estarem politicamente mais próximos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entretanto, o PL também é considerado boa alternativa pela sua forte base na ALESP, na Câmara dos Deputados, um fundo partidário bilionário e um super cabo-eleitoral para as eleições de 2024, Jair Bolsonaro.

Já em Minas, no segundo maior colégio eleitoral do Brasil, o PSDB comandou o estado por 12 anos.

O PL, que elegeu o deputado federal mais votado do país, Nikolas Ferreira (MG), sonha em aumentar sua base de prefeitos e ainda filiar Romeu Zema, governador mineiro e atualmente filiado ao Novo.

O PSD, partido do Secretário de Governo de São Paulo. Gilberto Kassab é um atrativo para os prefeitos do PSDB com perfil mais de centro-esquerda.

Kassab consegue se equilibrar como homem forte do governo Tarcísio de Freitas na esfera estadual e aliado de Lula na esfera federal. Para os tucanos tradicionais que sempre adoraram ficar em cima do muro, é o paraíso.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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