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Punhaladas, Benfeitores e o Ovo da Serpente: A insensatez dos alienados progressistas

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“Os insensatos, que acreditam serem sábios, são inimigos de si mesmos; fazem más ações, das quais, por fim, só colhem frutos amargos”. (Textos Budistas).

Um garoto mimado e cheio de vontades invade uma sala de aula e esfaqueia a professora que transmite conhecimentos básicos às mentes incultas dos educandos, facilitando o crescimento mental e o progresso individual dos que procuram a escola, sim, esfaqueia, até a morte. A professorinha sangra e o seu sangue escreve em tons vermelhos o bárbaro crime no imaculado e sagrado chão da sala de aula.

É um tipo de delito que está se tornando comum em nosso país. Seu modelo é importado de outras mentes criminosas, perturbadas, através de vídeos, redes sociais e notícias de todas as partes do mundo, aos quais eles têm acessos nos celulares sem qualquer discussão critica. Esses matadores de inocentes acreditam que sofreram humilhações na infância e querem se vingar matando outras crianças e professores.

Em suas mentes enfermas, os adolescentes-assassinos acreditam serem heróis, vingadores, e se vestem a caráter: roupas estilizadas do matador idealizado, adereços, armas, máscaras, tudo muito bem planejado e não falta o vitimismo usado como motivo para massacrar e imolar inocentes. Geralmente deixam mensagens “de como o mundo foi cruel com eles e como algum dia serão compreendidos”.

Você já se perguntou quantas pessoas realmente beneficiaram a humanidade? Quem foram os inventores de todas as comodidades que nossa época proporciona aos seres humanos? Quem, realmente, deu a você tudo aquilo que você desfruta hoje? Alimentos, tecidos, carros, trens, aviões, internet, computadores, sapatos, vaso sanitário, remédios, vacinas, panelas, luz elétrica, geladeira, ar-condicionado, TV, filmes, streaming, celular, música, tudo que nos cerca, da menor a maior invenção?

Quem criou tudo isso? Quem se dedicou durante horas, meses, anos e anos de estudo para pesquisar, descobrir, criar, construir, testar, tudo o que facilita a vida dos seres humanos nas cidades? Quem fez esse sacrifício pelos outros seres humanos?

São contados nos dedos os homens que estudaram, pensaram e criaram todos os aparatos que hoje utilizamos. Eles fizeram sacrifícios extraordinários.

Vejamos Tomás Edison, o maior inventor e benfeitor da humanidade. Ele não tinha tempo para se lamentar, precisava lutar pela sobrevivência todos os dias. E assim foi sua educação:

- “A mãe toma a seu cargo a educação do menino e ele, por seu lado, aprende o que mais lhe interessa. Acaba por devorar todos os livros da mãe com temas sobre ciência. Vende jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. O guarda da estação local deixa-o guardar os doces e os jornais num vagão vazio. Sobrava tempo para leituras e para experiências no laboratório que, sorrateiramente, Edison havia instalado num dos vagões”.

Sozinho, Edison é responsável por milhares de inventos. Até o ano de 1878 a noite da terra era escura, apenas iluminada pela luz das velas e a luz natural da lua. Edison iluminou a terra com sua lâmpada artificial vencendo a batalha contra a escuridão.

Eis uma, entre tantas historias e lendas que se contam sobre Edison: em suas experiências para inventar a lâmpada incandesceste, ele fez mais de 1.200 tentativas sem sucesso e sem nunca desistir.  Depois de anos, quando estava na metade dessas tentativas, um jornalista o entrevistou e perguntou-lhe:

- O Senhor não está cansado? Não acha que é impossível inventar uma lâmpada que ilumine a noite como se fosse o dia? Não é melhor desistir?

- Edison respondeu: 

- Não.
- Mas o senhor já fez centenas de testes, mais de 700 e fracassou em todos eles. Isso não lhe incomoda?

Dizem que o rosto de Edison se iluminou e ele respondeu entusiasticamente:

- Claro que não! E eu nunca fracassei! Apenas descobri 700 maneiras de não dar certo, maneiras que não funcionam. Veja quão perto estou de descobrir um modo de iluminar a noite!

Era assim que laborava a mente do maior inventor que a humanidade já viu. Não tinha tempo para lamentações, medos, fracassos ou vitimismo.

Note que Edison não somente inventou a lâmpada elétrica, mas junto com ela foi preciso todo um aparato: fios de cobre, redes elétricas, postes que possibilitassem a interligação de todas as casas, motores que fizessem funcionar os geradores elétricos e uma infinidade de pequenas coisas que geraram milhares de empregos que não existiam, técnicos, engenheiros, mão-de-obra especializada, indústrias, dando aos homens novas possibilidades e alternativas.

“... Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada elétrica incandescente, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone, bateria de carro elétrico, câmera de cinema, caneta elétrica, distribuição de energia elétrica, embalagem a vácuo, fonógrafo (Aparelho de som), mimeógrafo (antecessor das copiadoras). Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema”.

São pouquíssimos, torno a dizer, os benfeitores da humanidade. Eles dedicaram suas vidas para melhorar a vida de outros homens. Foram eles que impulsionaram em todos os continentes, em todas as áreas, o desenvolvimento da humanidade. Na maioria das vezes com o sacrifício da própria vida.

Se os benfeitores são tão poucos, os que se beneficiam contam-se aos bilhões. E entre esses bilhões existem os destruidores. Os que nasceram com espirito de porco, os que herdaram os impulsos negativos e sentem prazer em matar, devastar, arruinar. Comem e depois cospem no prato em que comeram. Utilizam-se de tudo e depois afirmam que nada presta, que o mundo deveria ser como seus desejos ocultos mais sombrios imaginam e como o mundo não é assim, revoltam-se, arruínam, exterminam.. .

Tornam-se fanáticos e se auto-intitulam “das esquerdas”, “são progressistas”, aproveitam porcamente as ideias idiotas de Karl Marx, Lênin, Stálin e Mao-Tsé-Tung, para reafirmarem que são pessoas ótimas, diferenciadas, cheias de amor e que irão transformar os outros seres humanos modificando o passado, os comportamentos, o modo de viver, desde que saíram das florestas e construíram cidades, desprezando as experiências acumuladas pela humanidade em séculos de existência.

O pai “moderno” de todos eles segundo, “O Livro Negro da Nova Esquerda”, é Michel Foucault, que em seu livro “Vigiar e Punir”, exalta com entusiasmada admiração a figura do delinqüente e sustenta que o crime é:

-... “um protesto reativo da individualidade humana” acrescentando que “pode, portanto, acontecer que o crime constitua um instrumento político que acabará por ser tão precioso para a libertação da nossa sociedade como foi para a emancipação dos negros”.
- “Existe uma pluralidade de resistências, cada uma delas é um caso especial”.

Foi o que escreveu em “História da Sexualidade”, sua obra inacabada, enquanto chamava os delinqüentes não para refletirem e cessarem seus crimes, mas sim para semearem a violência e o caos social com suas próprias mãos, uma vez que desprezava o poder judiciário e as garantias legais do estado de direito:

- “Quando se ensina a descartar a violência, a estar a favor da paz, a não querer se vingar, a preferir a justiça à luta, o que é que se está ensinando? Se ensina a preferir a justiça burguesa à luta social, se ensina a se preferir um juiz à vingança”, acrescentando que o sistema judicial era um tenebroso mecanismo de dominação: “O sistema de justiça que se propõe, que se impõe, é na realidade um instrumento de poder”.

Os admiradores de Michel Foucault são acríticos. Assim, as ideias contidas em dezenas de livros que escreveu, tem por finalidade questionar as instituições nas quais esses “agentes do conhecimento” atuam: Faculdades, Igrejas, Hospitais, Médicos, Escolas, Justiça e assim por diante. Essas ideias foram disseminadas e absorvidas como “verdades incontestáveis” por seus seguidores em Universidades, nas escolas, entre os professores, entre os juristas e circulam por entre a população de modo subliminar.

-“Homossexual promíscuo, sadomasoquista doentio, comunista bon vivant, alcoólico perdido, suicida frustrado, fumante empedernido e drogadicto irrefreável — o consumo de LSD foi o seu passatempo favorito —, Michel Foucault era o arquétipo humano perfeito para acabar sendo a idolatrada referência de viciados, delinqüentes e depravados que a nova estratégia esquerdista tem cooptado para si, sob as supostas pretensões nobres que aqui tentamos transparecer, sendo que para sua envenenada herança de intelectuais que hoje o emulam — em seus textos e em seus hábitos — Foucault é o ponto de referência obrigatório para promover a revolução cultural, tão simpaticamente igualitária no mundo aparente, como perversa e autodestrutiva no mundo real”. (O Livro Negro da Nova Esquerda, pag. 169).

Esse é o ovo do qual nasceram as serpentes-humanas que envenenam o mundo atual.

As facadas desferidas contra a professorinha pelo delinquente juvenil cheio de ódio e tédio, encharcado por ideias de destruição contra os benfeitores da sociedade, atingiram também o coração da cultura e a todos aqueles que lutam verdadeiramente pelo progresso.

A professorinha ainda sangra e continuará sangrando através dos séculos, até que a insensatez dos alienados “progressistas” cesse.

Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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