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Escândalo da Petrobrás revela a figura do ‘ladrão que rouba ladrão’

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O submundo da política brasileira é muito mais sujo do que se possa imaginar. A ousadia é absolutamente ilimitada e não obedece a nenhuma ética, surpreendendo até mesmo pessoas como o bilionário Emílio Odebrecht, acostumado com as mais inusitadas práticas de corrupção, mas que teria ficado chocado ao descobrir que estava sendo roubado dentro de sua própria empresa, por executivos de sua absoluta confiança e muito bem remunerados

Com as investigações da Lava Jato e as delações de operadores de propina do meio político e de diretores da Petrobras envolvidos no esquema, descobriu-se que os valores não batiam. Ou seja, uma parte do dinheiro retirado dos cofres da empresa para o pagamento de propina, era desviada, era a propina da propina, ia para contas no exterior, de diretores da empresa.

A perversidade persistia quando a grana chegava nas mãos dos políticos. Os desvios prosseguiam.

O PT, dentro da mentalidade tacanha das esquerdas, onde entende que é permitido ‘roubar’ se o objetivo maior for o ‘projeto’, também teve suas decepções e desilusões.

Diversos de seus líderes foram flagrados ‘roubando’ em proveito pessoal, para suas contas pessoais, em benefício próprio.

O ex-ministro José Dirceu é um exemplo clássico. No mensalão, quando o roubo aparentemente visava viabilizar uma suposta ‘governabilidade’ e o tal ‘projeto’, Zé foi aclamado como ‘guerreiro do povo brasileiro’. Mais tarde, já no ‘Petrolão’, quando ficou evidente que parte do dinheiro roubado foi parar em sua própria conta, ele perdeu o apoio da militância e hoje mofa esquecido na cadeia.

No caso de Lula, essa é a sua grande briga. Precisa deixar transparecer para a militância que não ‘roubou’ em proveito pessoal. Daí sua obstinada luta no sentido de sustentar que o sítio de Atibaia e o tríplex de Guarujá não lhe pertencem.

Na visão dos obstinados militantes do PT, todo ladrão será perdoado, desde que os motivos do 'roubo' sejam plenamente esclarecidos.

da Redação

Com informações IstoÉ

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