Há presos demais no Brasil?

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Há de menos, e provo em dois minutos.

Há 60 mil homicídios por ano, 50 mil estupros (registrados, estima-se que dez vezes isso não registrados), mais de um milhão de roubos (assaltos à mão armada).

Supondo que tenhamos "apenas" 100 mil assaltantes profissionais, são 210 mil criminosos violentos a mais por ano, sem contar bandidos outros, como estelionatários, traficantes, corruptos, ladrões (furto), sequestradores e autores de extorsão.

Se cada um dos que cometem crimes violentos precisa passar pelo menos 15 anos muito bem trancafiado, teríamos que ter mais de 3 milhões de presos. Temos 600 mil.

Acho até que se uns 2 milhões estiverem bem isolados, impedidos de cometer crimes de dentro da prisão, o número de crimes violentos diminuirá drasticamente, como ocorreu nos Estados Unidos, por exemplo.

"Ah, mas o país não tem dinheiro para prender 2 milhões". Pois eu afirmo que com o orçamento atual dá e sobra. É só levar os presídios para lugares remotos do interior, onde não pega celular mesmo, tirar todas as regalias, como visita íntima, e entregar à autogestão. Se um preso do Amazonas custa R$ 6 mil por mês, um preso no interior da Amazonia vai custar menos de 10% disso. Vai ficar ruim para receber visitas? Pensasse nisso antes de estragar vida de uma mulher, acabar com uma vida literalmente ou botar uma arma na cabeça de alguém pelo pior motivo possível.

O que há no Brasil é uma cultura de passar a mão na cabeça de criminoso violento, a partir de uma guerra ideológica, de uma doutrinação de base sociogenética e socialista, doutrinação mentirosa, hipócrita, pois em todos os países socialistas, os criminosos violentos conheceram execuções sem julgamento ou masmorras torturantes e com disciplina férrea.

Em toda história humana, nenhuma sociedade foi tão permissiva com quem violenta suas regras quanto a sociedade brasileira atual. Quem defende a impunidade como princípio quer apenas semear o caos para colher sua própria versão, totalitária, de ordem.

Aurélio Schommer

da Redação Ler comentários e comentar