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Crise mundial avança e situação na Grécia é dramática. População está impedida de sacar dinheiro

Os bancos ficarão fechados até o dia 6 de julho

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A crise mundial pode piorar nos próximos dias. Na Grécia, após uma avalanche de saques bancários nos últimos dias, os bancos amanheceram fechados nesta segunda-feira (29).

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciou, neste domingo (28), feriado bancário e controle de capitais no país.

A "corrida aos bancos", que deixou mais de um terço dos caixas desabastecidos, foi uma reação ao anúncio de um referendo no dia 5 de julho para a população opinar se aceita ou não as propostas de austeridade exigidas pelos credores do país. A população teme que o país saia da zona do euro.

Calcula-se que entre 500 e 600 milhões de euros tenham sido sacados só no sábado, quando longas filas se formaram na frente dos caixas. 

O feriado foi a saída encontrada para evitar a insolvência bancária na véspera do possível calote de 1,6 bilhão de euros no FMI (Fundo Monetário Internacional).

Os bancos ficarão fechados até o dia 6 de julho. Os caixas eletrônicos só voltarão a funcionar no dia 6, à noite, com o limite diário de saque de 60 euros. 

Tsipras também afirmou que fez um novo pedido de extesão do atual programa de resgate financeiro para líderes da zona do euro neste domingo. "Estou esperando sua resposta imediata para esse apelo fundamental à democracia", disse.

"Uma coisa é clara: a recusa à uma extensão curta, e a tentativa de anular um procedimento democrático é um ato profundamente ofensivo e vergonhoso para as tradições democráticas da Europa", acrescentou.

Neste domingo, manifestantes anti-austeridade se reuniram em frente aos escritórios da União Européia em Atenas. Muitos erguiam faixas com a palavra "não" em grego, em um pedido para que a população vote contra a aceitação das medidas de austeridade impostas pelos credores no referendo de 5 de julho.

da Redação Ler comentários e comentar