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Comitê olímpico aplica punição absurda e praticamente põe fim a carreira de Wallace do Vôlei

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Como a rigidez aqui no Brasil só existe para crimes de opinião, o conselho de ética do COB (comitê olímpico brasileiro) aumentou a suspensão do jogador Wallace de 90 dias para 5 anos.

Nem parece o mesmo COB que, por décadas, foi presidido por Carlos Arthur Nuzmann que acabou condenado por 30 anos e 11 meses por sua atuação numa suposta compra de votos para que o Rio de Janeiro se tornasse sede dos jogos em 2016.

Como Nuzmann é da patota, cumpriu 15 dias de cadeia.

O comitê olímpico brasileiro decidiu por unanimidade aumentar a suspensão do oposto Wallace de Souza dos jogos das competições oficiais de vôlei de 90 dias para 5 anos (1.800 dias), um aumento na dosimetria da pena de 2.000%. O que na pratica encerra a carreira brilhante do jogador.

Essa pena é inédita no voleibol brasileiro.

Wallace havia conseguido uma liminar do STJD para jogar as decisões da Superliga. A CBV então acionou o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que deu ganho ao jogador. O Conselho de Ética do COB, no entanto, alertou que o descumprimento de sua decisão poderia acarretar em "gravíssimas sanções".

A decisão estabelece que o Comitê Olímpico Internacional (COI) seja comunicado formalmente sobre as sanções aplicadas.

É o 2º jogador de vôlei profissional em pouco mais de um ano que tem sua carreira destruída por discordar dos "lacradores".

No ano passado, o jogador Mauricio do Vôlei foi excluído do circuito por, pasmem, criticar um gibi do Super-Homem.

Por coincidência outro atleta de seleção que atuava em Minas.

Apesar da perseguição que Mauricio sofreu pelo ‘consorcio de imprensa’, o povo mineiro foi soberano e o elegeu deputado federal com mais de 80 mil votos.

Fica a dica a Wallace: ano que vem tem eleição para vereador em BH.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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