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Caso Jeffrey Epstein choca os EUA! O "Celso Daniel" americano...

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Todo país tem um crime misterioso em sua história que mexe com a cabeça dos cidadãos.

No Brasil, por exemplo, temos o mistério do sequestro e assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito e coordenador da campanha de Lula à presidência em 2002, ao qual se seguiu a morte de sete possíveis testemunhas.

Surpreendentemente, a polícia civil de SP considerou o caso um ‘crime comum’ – o caso nunca mais foi reaberto.

Nos Estados Unidos, o caso do milionário Jeffrey Epstein - acusado de trafico sexual, estupro e pedofilia continua na mídia apesar do réu ter sido encontrado morto em sua cela em agosto de 2019. 

O vetor de atenção do caso Epstein é o rol de ‘convidados’ que ele levava à sua ilha particular no Caribe ou às suas mansões nos Estados Unidos.

A lista vip de amigos (ou clientes?) incluía celebridades globais como o irmão do rei da Inglaterra, o Duque de York  Andrew Edward, o ator vencedor de dois Oscars, Kevin Spacey, o ex-senador democrata George Mitchell, o cineasta Woody Allan e um dos convidados mais assíduos, ex-presidente americano Bill Clinton.

Recentemente, se descobriu (dados vazados pelos hackers do Wikileaks) que Epstein também mantinha contato com líderes políticos estrangeiros e um nome chamou a atenção, um dos fundadores da rede social Linkedin, Reid Hoffman – dono de uma fortuna de U$ 2 bilhões de dólares.

Outra celebridade, o ator Chris Tucker (famoso no Brasil pelo filme A Hora do Rush) fez 11 viagens no jatinho de Epstein, boa parte dessas viagens tinha como destino a ilha particular de Epstein nas Ilhas Virgens, no Caribe – na verdade, o magnata tinha duas ilhas particulares que estão a venda por cerca de R$ 600 milhões de reais mas não será fácil vende-las pois elas ficaram conhecida como "Ilha dos Pedófilos", segundo a revista Forbes de 25/03/22.

Nenhum desses pode alegar desconhecimento pois, em 2008, Epstein já havia sido preso por abusar de uma menor de 14 anos.

JEFFREY EPSTEIN FOI ‘SUICIDADO’?

Preso em julho de 2019, os promotores deixaram claro que devido á montanha de acusações, vítimas e testemunhas, Epstein, pegaria de 40 anos a prisão perpetua.

Desesperado, mas com muito dinheiro, Epstein contratou a peso de ouro o maior especialista em Delação Premiada dos EUA.

Um dia antes dele receber a visita desse novo advogado, no dia 10 de agosto de 2019, Epstein foi encontrado morto em sua cela. Uma investigação posterior à morte revelou graves irregularidades na prisão, a primeira é que as câmeras de vídeo que monitoravam a ala do Centro Correcional Metropolitano de Manhattan, pifaram bem no dia da morte de Epstein.

Não bastasse isso, os dois policiais penais que deveriam vigiar a cela e visitar Epstein a cada 30 minutos, não o fizeram nas três horas anteriores ao incidente porque adormeceram, e posteriormente falsificaram o registro.

A cela de Epstein era muito baixa e não havia suporte suficientemente resistente onde ele pudesse ‘se enforcar’.

Mais grave, os advogados de defesa de Epstein tinham avisado o juiz que seu cliente havia recebido ameaças e que temia por sua segurança. 

Uma eventual delação de Jeffrey Epstein destruiria figuras importantes de Hollywood, de Washington e da Monarquia Britânica, ou seja, os pilares das nações anglo-saxônicas – não me lembro de um presidiário que representasse tanto a risco a tanta gente poderosa. Então sua morte causou um grande alívio a vários poderosos.

E é aqui que essa história de aproxima da do petista Celso Daniel, após a morte de Epstein outras mortes suspeitas com as pessoas ligadas ao caso, continuaram a acontecer. 

Há pouco mais de um ano, 19/02/2022, o agente de moda francês Jean-Luc Brunel, ligado a Jeffrey Epstein, tendo apresentado jovens para o esquema e visitado a Ilha nas Ilhas Virgens, também foi encontrado morto na prisão, em Paris. A polícia francesa não revelou detalhes de sua morte.

Em 02 de maio de 2022, o jornal New York Post revelou que um assessor muito próximo do ex-presidente Bill Clinton, Mark Middleton de 59 anos, foi encontrado morto, pendurado numa arvore pelo pescoço e com um tiro de escopeta no peito.

Como a polícia do município de Perryville no Arkansas registrou sua morte? Suicídio.

Detalhe... Não havia arma de fogo perto do corpo, fato obvio em casos de suicídio.

O que significa que ou Mark se enforcou e depois se deu um tiro de 12 no peito e ainda escondeu arma; ou ele se auto infligiu um devastador tiro de escopeta no peito, escondeu a arma e depois de enforcou !?!

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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