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A perigosa 'parceria' envolvendo PT, estatal chinesa e a Petrobras

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A Petrobrás anunciou, na quinta-feira (04), que criará um grupo de trabalho com a estatal chinesa “China Energy International” para analisar oportunidades de negócios conjuntas para o 2º semestre deste ano.

A iniciativa das empresas terá como foco geração de energia renovável e produção de hidrogênio verde no Brasil.

Com total beneplácito da imprensa brasileira que reimprimiu o release da assessoria de imprensa da Petrobras, sem questionamento – nem mesmo da imprensa especializada.

Segundo o presidente da estatal chinesa Lyu Zexiang, a companhia tem US$ 20 bilhões (R$ 99,5 bilhões) para investir fora da China. O grupo de trabalho será organizado pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim que, nunca é demais lembrar, foi ministro das Minas e Energia por um breve período na gestão Dilma Rousseff.

A ditadura tem uma política externa extremamente agressiva, inclusive com infiltração de espiões para pressionar diretamente parlamentares, como se descobriu recentemente no Canadá. Apesar do histórico recente a imprensa brasileira fala do governo chinês como se fosse um grupo de filantropos indulgentes que saem pelo mundo distribuindo bilhões de yuans a fundo perdido – nada mais distante da realidade.

NA ÙLTIMA PARCERIA FORAM 47 BI DE PREJUIZO

Xi Jinping talvez seja o chefe de estado mais cruel e calculista do planeta e costuma cobrar caríssimo sua ajuda – só que ele não tem pressa, vai esperar o momento de maior fragilidade.

Aliás não faz muito tempo, a Petrobras e outra estatal chinesa de petróleo, a CNPC (China National Petroleum Corporation) desistiram de construir a refinaria Comperj, no estado do Rio de Janeiro, por não identificarem alternativas com atratividade econômica. Com a decisão, também foi encerrada a opção da chinesa em adquirir 20% da concessão nos campos Marlim, na Bacia de Campos.

O prejuízo para a Petrobras nessa operação foi de R$ 47 bilhões de reais. É o equivalente a dois anos e meio de Bolsa Família, o suficiente para alimentar R$ 21 milhões de brasileiros durante 30 meses. Sumiu, assim, puff!

Mas não se preocupe, dessa vez vai dar certo, afinal o que poderia dar errado numa parceria entre o governo do PT e uma estatal comunista?

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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