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Ex-presidiário está prestes a dar o maior "tiro no pé" de sua história

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O pior mal dos governantes socialistas – como os atuais do PT – é o habito de ignorar as experiências de outras nações, especialmente as fracassadas, e tentar reeditá-las esperando um resultado diferente.

A volúpia do governo federal em remunerar a "imprensa chapa-branca" com dinheiro das redes sociais, embutido no PL 2630 (das FakeNews) vai falhar. Da mesma forma que fracassou no Canadá e na Austrália.

Os gigantes Google (Youtube etc.) e Meta (Facebook, Instagram e Whatsapp) não têm a menor intenção de remunerar a imprensa pelas notícias que reproduzem. Como em outros países, caso prevaleça o Projeto da Censura do Brasil, devem abolir as notícias, como alertou o excelente colunista Cláudio Humberto, no último domingo.

Google vai banir as notícias de suas buscas e repetirá a estratégia que eles usaram com sucesso no Canadá. Talvez seja essa a intenção do governo brasileiro: impedir que denúncias cabeludas se espalhem. Eles só não estão colocando nessa equação a fúria popular que virá dessa mudança.

Na Austrália, as notícias foram abolidas das redes sociais e a esperada “remuneração” ninguém sabe, ninguém viu. O governo teve de recuar. Ajustando-se à lei australiana, Facebook, Instagram e Whatsapp baniram links de notícias, reduzindo seu alcance. E a decisão acabou revertida.

Também existe um elemento de geopolítica inserido nesse imbróglio pois todas essas Big Techs são norte-americanas – exceção feita ao Telegram que é sediado nos Emirados Árabes. Os petistas mais radicais consideram a hipótese de trazer o buscador chinês BAIDU para o Brasil, equivalente ao Google, mas isso seria visto pela diplomacia americana como um rompimento parcial do nosso status de ‘aliado’.

A fanfarronice dos comunistas brasileiros – deputado Orlando Silva e o ministro Flavio Dino, ambos oriundos do PC do B – colocou o governo federal numa enrascada, se voltar atrás será o reconhecimento de uma derrota. Se avançar com esse projeto tresloucado pode se meter numa crise sem precedentes. 

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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