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4 de junho, a Perfídia anunciada

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Alguns movimentos políticos estão convocando para o dia 4 de junho uma manifestação nas ruas do Brasil. 

A alegação é se solidarizar a injusta cassação pelo TSE do mandato do Deputado federal Deltan Dallagnol. Para isso irão protestar contra o governo Lula, em nome da democracia, justiça e liberdade.

Toda solidariedade ao deputado Dallagnol. Mas não custa lembrar outros igualmente censurados, perseguidos, cassados, exilados, presos... Allan dos Santos, Daniel Silveira, juíza Ludmila Lins Grilo, juiz Marcelo Bretas, Bárbara Destefani, Fiuza, Paulo Figueiredo, Constantino, outros tantos anônimos, além de nossos patriotas ainda injustamente presos nos presídios de nosso país.

Seriam manifestações dignas de serem apoiadas pela direita se, esses movimentos políticos que chamam para si a liderança e convocação das manifestações, não tivessem apoiado, em sua maioria, a candidatura do ex-presidiário Lula da Silva ou o voto nulo em 2022.

Nem se faz necessário nominar esses movimentos, a traição foi explícita. 

O que nos faz recordar a Perfídia praticada contra os pacíficos manifestantes, em sua maioria, do dia 8 de janeiro de 2023.

Perfídia é um crime de guerra previsto nas Convenções de Genebra, mas tem uma definição bem clara em nossa gramática:

Perfídia

• Substantivo feminino
• Ação ou qualidade do que é pérfido, enganador ou traiçoeiro; deslealdade, traição, infidelidade.

Em 2022, estes movimentos políticos abandonaram o candidato a presidência da direita, Jair Bolsonaro. 

Não adianta tentar passar a ideia de pacificação, de união, se a traição e a infidelidade destes movimentos à Direita, ao projeto de recondução à presidência de Jair Bolsonaro, é manifesta ainda hoje nas ações e palavras de seus líderes.

Não vou às ruas em 4 de junho!

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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