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Folha se revolta com a desorganização econômica de Lula

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A desorganização da política econômica de Lula é tanta que até o engajadíssimo jornal Folha de S. Paulo começou a criticar repetidamente nas últimas semanas.

A Folha criticou, nesta segunda-feira, 29, uma inciativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva “com a justificativa de combater a chamada desindustrialização”. Lula lançou um confuso plano para subsidiar os carros populares (que vai onerar o governo em mais de 10 bilhões de reais).

Recentemente, ao falar para empresários na Fiesp, Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, disse:

“O país precisa de políticas industriais para enfrentar a competitividade asiática e não ser apenas uma fazenda exportadora de produtos primários.”

No entanto, para o jornal, os meios utilizados pelo governo Lula para tentar reanimar a indústria são “equivocados”. 

A Folha é cética na comparação com países asiáticos:

“Que deixa de levar em conta as razões de fundo para a competitividade peculiar deles. Competitividade, portanto, depende de políticas econômicas e sociais que lidem com todos os elementos estruturais, não de remendos pontuais que beneficiam o lucro de alguns poucos”, criticou o jornal.

A Folha ainda apontou que reforços estruturais devem ser priorizadas como a reforma tributária, com foco nos impostos incidentes sobre o consumo, seria um bom começo, assim como a abertura econômica e o aumento da poupança pública por meio de uma reforma do Estado.

“Sem esses componentes, o mais provável é que a nova rodada de favores não resulte em efeitos palpáveis na economia e apenas deixe mais uma conta para o contribuinte, como sempre ocorreu.”

Dessa vez, o decadente jornal paulistano tem razão.

O governo Lula segue o caminho fácil de incentivar o consumo, desprezando a oportunidade de gerar riqueza.

Lula já tentou isso no passado e deu tudo errado. Por que seria diferente agora? 

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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