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O estranho encontro "às escondidas" entre Lira e Dino...

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Numa tímida tentativa de apaziguar os ânimos entre o Governo Federal e a Câmara, o ministro da Justiça Flávio Dino visitou a residência oficial do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).

Flávio Dino foi forçado a fazer a visita depois da operação da Polícia Federal que atingiu o ex-assessor de Arthur Lira, o atual consultor legislativo da liderança do Progressistas, Luciano Cavalcante.

Dino foi tentar convencer Arthur Lira que não se trata de retaliação, ainda que essa pareça ser a óbvia impressão, pois a operação da PF foi deflagrada logo após o governo Lula sofrer derrotas na Câmara dos deputados.

Lira reclama não apenas da operação, mas do vazamento quase em tempo real dos detalhes da ação da polícia federal para a imprensa – Arthur Lira inclusive tinha em mãos cópias de mensagens que a assessoria de imprensa da Polícia Federal divulgava para jornalistas.

O presidente da Câmara cobra uma apuração do vazamento, na medida em que se tratava de uma "operação sigilosa" da PF.

A verdade é que a relação de Arthur Lira com o governo Lula é tensa desde o início.

Algumas semanas atrás o próprio Flávio Dino vetou uma indicação de Lira para uma vaga de desembargador no Tribunal Regional Federal da Primeira Região. 

Lira gostaria de ver o magistrado João Carlos Mayer Soares na vaga, mas o ministro da Justiça vetou.

Em outra coincidência espetacular, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento de Arthur Lira por corrupção passiva. No processo Arthur Lira é acusado de receber uma propina de R$ 106.000,00 de Francisco Colombo, então presidente da CBTU (companhia brasileira de trens urbanos).

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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