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Articulista de ‘O Globo’ finge defender liberdade de expressão, mas deixa escapar o seu 'gostinho' por ditadura

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Pedro Doria é um dos teóricos da censura, no Brasil. Que um sujeito dessa estatura moral e intelectual tenha alguma influência no debate público é um sinal dos tempos. Mais grave ainda é que ele seja tratado como "liberal".

Em artigo no Globo, Doria aparentemente muda de posição sobre a censura e se coloca contra o bloqueio de contas do podcaster Monark, determinada pelo ministro Moraes.

"Deixa o Monark falar bobagem", afirma o valente na chamada.

O primeiro parágrafo explica o caso:

"O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou na quarta-feira o bloqueio de todos os perfis de redes sociais de Bruno Aiub, o Monark. Como ele é um comunicador que vive de se apresentar pelas redes, não é apenas uma ordem de censura prévia. É também uma proibição de que ele trabalhe e se sustente. É uma decisão grave. Censura prévia é proibida pela Constituição. Cláusula pétrea. Jair Bolsonaro não é mais o presidente. As eleições passaram. Qual o sentido de calar Monark?"

As primeiras linhas sugeriam alguma luz surgindo na sua caixola, mas ela logo se apaga com o "Bolsonaro não é mais presidente e as eleições passaram". Ora, quer dizer então que a censura deve ser aplicada durante as eleições para impedir a expressão de quem Doria não gosta? Pois é exatamente durante o processo eleitoral que a liberdade de expressão é mais importante, já que o país definirá o seu rumo!

O "liberal" segue então uma linha de argumentação sobre a liberdade não ser um direito absoluto nas redes e basicamente conclui que John Stuart Mill está ultrapassado. A liberdade de expressão de Mill serviria para uma época que as ideias eram apresentadas de forma mais lenta, não agora, no turbilhão da internet, pois:

“...no ambiente de caos, manipulando desinformação de milhão em milhão de likes, um autoritário se reelege, e nessa morrem 100 mil numa pandemia, uns tantos milhões de hectares de floresta são derrubados, talvez um país vizinho termine invadido. Perdemos a democracia.”

Então, sim, em alguns momentos pode ser que se justifique maior rigor para conter a desinformação e proteger da morte a democracia. Mas a eleição passou. Não é à toa que nossa Constituição, em geral verborrágica, vede a censura prévia com um período tão simples:

“É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. Ponto, parágrafo. Só isso e basta."

Em primeiro lugar, já não existe "liberdade absoluta de expressão" porque seus limites estão definidos em lei. O problema é outro: estão sendo criados novos limites sem nenhuma base legal, sob argumento subjetivo de "defesa da democracia".

Sugere Doria que a Constituição e os direitos fundamentais devem ser suspensos por um período, em que o poder ficará a cargo de líderes benevolentes que isolarão a ameaça. Assim que o problema for "resolvido", os direitos voltariam a valer.

Resumindo, Doria defende a imposição de uma ditadura para salvar a democracia. Ele e outros teóricos da censura defendem esse arranjo porque acreditam que serão eles a definir o que pode ou não pode ser expressado, quem deve ou não deve ser perseguido, tudo pensando no bem da sociedade, claro...

"Deixa o Monark falar bobagem. É hora de deixar a democracia funcionar com suas próprias pernas. Confia."

Assim ele encerra o seu panfleto contra a liberdade de expressão, se colocando no posto de censor da República. "Deixa o Monark falar bobagem". E o Allan dos Santos, não?

Coitado, o sujeito parece realmente acreditar que a concentração de poder é um gênio que pode ser colocado de volta na lâmpada assim que utilizada "para o bem".  Aprenderá, muito cedo, provavelmente sentindo na própria carne, que uma vez perdida a liberdade, ela demorará muito para ser recuperada, se é que um dia será.

Leandro Ruschel

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