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Novamente, Lula estende o tapete vermelho para receber ditadores

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Acredite se quiser, de quinta a domingo desta semana acontecerá em Brasília o 26º encontro anual do Foro de São Paulo (FSP) – uma organização de partidos/governos de esquerda latino-americanos, com inegável inspiração Stalinista, cuja secretaria executiva está a cargo do PT.

A simples existência do Foro de São Paulo explica a pobreza endêmica na América Latina. Nada menos que 12 dos 19 países da América Latina – responsáveis por 92% da sua população e 90% de seu PIB – são atualmente governados pela esquerda.

Uma organização que já nasceu retrógrada – o Foro foi fundado por Lula e Fidel Castro em reação ao ocaso da União Soviética – o que mostra o negacionismo atávico do Foro que se recusa a reconhecer o fracasso econômico e moral do modelo comunista, sepultado há 34 anos. 

Reafirmando seu perfil reacionário o Foro tem um pensamento econômico inspirado em Ievguêni Preobrajenski (pai do planejamento Soviético) com mais governo, estatais, gastos, protecionismo e intervenção no mercado – tudo bem que as ideias de Ievguêni, nascido em 1886, estão um "pouquinho" desatualizadas mas se alguma coisa der errado o governo (seja cubano, venezuelano ou brasileiro) pode sempre mandar a Casa da Moeda rodar mais dinheiro, fácil!

Como sempre, um governo stalinista precisa de um inimigo público em comum e aí o Foro de São Paulo capricha na ficção e claro que o inimigo é a democracia sólida do continente, mais exatamente os EUA.

Abundam recriminações ao “imperialismo”, ao “colonialismo”, ao “neoliberalismo”, ao “grande capital”.

Na sessão sobre "A Luta pela Paz e a Democracia", o Foro explica como o Ocidente é culpado pela guerra na Ucrânia. A China representa “um fator de estabilidade e equilíbrio”, por sua “defesa dos princípios do direito internacional” e porque sua diplomacia “avança no mundo e aumenta sua influência para a paz”.

Não se confunda, quem pratica a ‘Luta pela Paz e a Democracia’ são a Nicarágua, Cuba e Venezuela – os Estados Unidos são os imperialistas e ditadura mais opressora do mundo, a China, é um fator de estabilidade e equilíbrio. E eles ainda chamam os conservadores de terraplanistas... Vai vendo!

Graças a incansável postura reacionária da esquerda latino-americana, o PIB per capita latino-americano ficou estagnado e a desigualdade se acentuou, na última década. As perspectivas de crescimento são medíocres se comparadas a economias emergentes como as da Ásia. Segundo o Índice da Democracia do grupo Economist, nos últimos 20 anos a América Latina foi a região onde a democracia mais retrocedeu no mundo. Só três pequenos países (Costa Rica, Uruguai e Chile) são “democracias plenas”; cerca de metade da população vive em regimes “híbridos” ou “autoritários” – dos quais os mais despóticos são justamente os que Foro celebra por sua “firmeza e avanços”: Cuba, Venezuela e Nicarágua.

O Foro de São Paulo é uma espécie de maquina do tempo maligna que só nos leva ao passado – o Brasil escapou desse circulo vicioso por rápidos quatro anos – mas na 1ª oportunidade nossas elites limpinhas do Leblon e da Faria Lima, pularam no colo da esquerda retrógada novamente.

Por décadas, Olavo de Carvalho alertou sobre isso...

Agora, após a sua morte, tudo está se cumprindo.

Seus pensamentos e análises foram reunidas em um livro que está à disposição da população: "O Foro de São Paulo: A ascensão do comunismo latino-americano". 

Uma obra sensacional.

Para conhecê-la, clique no link abaixo:

https://www.conteudoconservador.com.br/products/o-foro-de-sao-paulo-a-ascensao-do-comunismo-latino-a...

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.

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