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No exílio, jornalista revela a trama para prender Jair Bolsonaro

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O jogo é bruto.

A trama toda se desenvolve em meio ao cenário de caos que vem se desenhando no país. Já começa até mesmo a faltar diesel nas bombas de combustível, o que vai parar a economia do Brasil, mas a grande mídia só está preocupada com “as joias do Bolsonaro”.

Presos políticos, enjaulados, sendo torturados sem terem cometido qualquer crime; os “meninos” do tráfico descendo o morro e instalando barricadas nas vias públicas, além de realizarem blitz pra caçar policiais, mas a preocupação são “as joias do Bolsonaro”.

Ir e voltar do trabalho, nas grandes cidades, é uma roleta russa. Chegar ileso em casa é uma batalha diária, pois o exército de bandidos tomou conta das ruas; jornalistas presos porque falam a verdade e até mesmo um grande canal de televisão foi censurado, mas para a grande imprensa o maior problema do Brasil são “as joias do Bolsonaro”.

Querem prender o Bolsonaro a qualquer custo, mesmo que ele não tenha cometido crime nenhum.

Não há pudor. O jogo é para psicopatas de alto padrão, absolutamente desprovidos do mínimo de consciência.

Pois bem, no dia 22 de maio o jornalista Oswaldo Eustáquio denunciou um verdadeiro cavalo de Tróia que teria sido implantado para vazar informações para a imprensa, visando derrubar e prender Jair Bolsonaro. Para a defesa do Cel. Cid foi contratado um advogado especialista em delação premiada, que seria o responsável por esses vazamentos. Eustáquio disse ainda que vários de seus colegas apontaram esse advogado como fonte de informações privilegiadas, confirmando o cavalo de Tróia. Como se não bastasse, o jornalista exibiu um vídeo desse advogado onde ele se revela um dos principais articuladores para manter Daniel Silveira preso.

Agora, no domingo de Dia dos Pais, Eustáquio publica outro vídeo concluindo a trama: o advogado renunciou a defesa do Cel. Cid e concorda com a prisão do Bolsonaro.

Prender Bolsonaro se tornou uma obsessão.

É uma questão emblemática. Prenderam o povo aos milhares de uma só vez por crimes “antidemocráticos”. Depois prenderam mais algumas centenas de cidadãos formadores de opinião da sociedade brasileira. Prenderam jornalistas, políticos influentes e expoentes – prenderam todo mundo, mas para inibir a classe política como inibiram o povo – na base do temor - só prendendo o Bolsonaro.

Assim como a reforma tributária, qualquer projeto do governo para ser aprovado no Congresso custa bilhões. Afinal, a política do “toma lá, dá cá” é muito cara e o governo não terá oxigênio financeiro por muito mais tempo. Prender Bolsonaro é trazer a ditadura que vem sendo implantada nas ruas para dentro do Congresso. Prender sem crime, sem motivo algum, é melhor ainda, pois mostra aos congressistas opositores quem é que manda. Assim é a governabilidade do PT e da capa preta.

Esse é o sistema.

Apenas uma reação popular é capaz de reverter esse jogo, daí a preocupação deles em neutralizar os ícones, os líderes e os formadores de opinião – a mesma razão pela qual querem neutralizar as redes sociais.

E estão conseguindo.

Mas... até quando?

O povo não é mais um gigante adormecido. O povo despertou e está bem consciente de tudo o que está se passando com o nosso Brasil. Na verdade, o povo está é com medo, com pavor de abrir a boca e ser preso, mas está de olhos bem abertos e o sangue nas veias pulsando forte por tudo o que vem acontecendo.

Num país em que se prendem pessoas sem que estejam cometendo crime algum definido em lei, sem o respeito ao devido processo legal e sem que os advogados sequer tenham acesso a esses autos e aos seus clientes, quem tem um mínimo de juízo prefere se recolher a sua insignificância e esperar que outros heróis anônimos desempenhem esse papel de mártir da nação.

Enquanto isso não acontece estão tentando prender Jair Bolsonaro.

Realmente o jogo é bruto. 

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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