Em texto forte, jornalista cita Moraes ao detonar a descriminalização do porte de droga

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O respeitado jornalista Adrilles Jorge não tem papas na língua. Sempre fala o que pensa, doa a quem doer.

Em artigo forte, publicado na Revista Oeste, ele detonou a descriminalização do porte de maconha e citou diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Abaixo o artigo na íntegra:

Sessenta gramas de maconha dão cerca de 60 cigarros de maconha. Sessenta “baseados”, segundo a linguagem de maconheiro. São 60 baseados que o ministro Alexandre de Moraes acha tranquilo que um usuário tenha para não ser tachado de traficante. O voto do ministro é para liberar geral o consumo da droga, até agora acompanhado por outros três ministros. Libera o consumo, mas não o trágico, entenda-se. Uma substância ilegal seria legal para consumir mas não legal para vender. Traduzindo: você poderia livremente se matar com veneno, comprando o veneno. Mas o vendedor do veneno, se portar mais de 60 doses do veneno, pode ser criminalizado. Assim, o policial deveria usar uma balança para pesar a quantidade de droga de cada um. “É usuário ou traficante, meu chapa?”, perguntaria o tira, com a balancinha. Se o traficante transportar a droga no varejo, 60 baseados por vez, tá tranquilo, segundo Alexandre. 
Maconha não é veneno, é droga de menor potencial lesivo, dirão os liberais ortodoxos e maconheiros. Os próprios ministros resolvem o problema relativista e já dizem que liberação de maconha seria a porta aberta pra liberar as demais drogas. Ah, o álcool seria uma droga até pior que a maconha e ainda é celebrada e cultuada. Medir qual veneno a médio e longo prazo seria mais destrutivo não me parece um bom argumento para a liberação de qualquer droga. Ambos, maconha e álcool, corroem a longo prazo o poder cognitivo de seus viciados. Derretem o miolo de seus adictos. Sim, não são todos que se viciam. Estaria liberada, pois, a liberdade da roleta russa sócio coletiva. Ah, sim, o argumento liberal ortodoxo: o Estado não tem o direito de ditar o que um cidadão consume ou usa no próprio corpo. O argumento conservador: a liberdade só pode ser plena quando há consciência e percepção razoável da realidade em redor. A uma criança, por exemplo, não é dada a liberdade irrestrita, porque por óbvio ela pode enfiar o dedo numa tomada ou beber um copo de veneno, por querer experimentar algo novo de posse de sua liberdade de provar o que desconhece. Não há informação suficiente na população, sobretudo na população mais carente e menos alfabetizada no Brasil, do poder lesivo das drogas sobre o corpo e a psique e a vida geral de uma pessoa. Mais: a liberdade de um que se vicia implica na complicação da vida de outros: parentes, amigos e sociedade lesados pela miséria humana de um viciado, que chega a não só destruir a própria vida como a de outros em redor. 
Não parece ser do interesse de nenhum dos iluministros fazer uma propaganda anti droga. Só liberar. O argumento da liberação de consumo é de que o viciado não é um problema criminal, mas um problema de saúde pública. Não é bem assim. O viciado em drogas TORNA-SE um problema de saúde pública justamente por causa da facilitação do consumo de drogas que já existe hoje. Praticamente ninguém vai preso hoje no Brasil por usar droga. A liberação total proposta pelo Supremo é quase um estímulo ao uso de drogas. Reflitam: um adolescente, pouco informado sobre o assunto, que vê o próprio ministro do supremo dizer que é “ok” portar e usar até 60 baseados, sem nenhum senão ou propaganda contra o uso da droga, vai achar que, se a própria Justiça libera, não há problema em usar drogas. É a liberdade absoluta aberta pela Justiça sem nenhuma preocupação social com saúde pública. 
Liberdade ideológica de aprisionar as pessoas a um princípio de libertinagem que destrói vidas, famílias e corrói toda a sociedade, diga-se. Nenhum país que tenha liberado as drogas teve bons resultados. O tráfico de drogas aumentou. O consumo de drogas aumentou. O desespero social, familiar, individual aumentou em todo país que houve liberação de drogas. O crime organizado não diminuiu onde houve liberação de drogas. A liberação de drogas obedece a um critério liberal, de liberdade irrestrita sem um critério moral, sem consciência social. Ideologia pura de um tribunal puramente ideológico. Pior: a liberação das drogas obedece a uma ideologia que tem resultados pavorosos, em todos os níveis. Liberar veneno em forma de um prazer artificial que se prova mortal é liberar a autodestruição de quem não tem informação suficiente pra saber que sua liberdade de se drogar  pode levar à sua ruína. 
E para não variar: não é da responsabilidade do Supremo legislar sobre descriminalização ou uso de drogas. Para não variar, o Supremo usurpa poderes do Legislativo. O Supremo se vicia mais e mais na mais inebriante das drogas: o vício pelo poder. Legisla, julga, executa. E quem paga pelo vício do Poder Supremo e absoluto é a sociedade, é o país, é você, é seu filho, a quem um dia um traficante poderá um dia oferecer sessenta cigarros de maconha ou qualquer outra droga — livremente. 

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