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A intrigante disputa de poder entre a Polícia Federal e as Forças Armadas

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Quando a CNN noticiou as imagens de G. Dias interagindo com parte dos infiltrados no Planalto, uma grande operação de guerra foi montada, onde o General de Lula seria afastado imediatamente para conter a mídia ‘negativa’.

Lula montou uma equipe de Policiais Federais preventiva, e deixou o GSI com Cappelli em um primeiro momento. E embora toda aquela crise trouxesse outros problemas para o Governo, uma nova dúvida começava a pairar dentro do gabinete de Segurança. Lula poderia confiar em militares que foram muito próximos a Bolsonaro?

Nisso, agentes da PF começaram articular com Janja, para que o GSI ficasse sobre o comando de um civil. E claro, isso incomodou muito os militares que cuidavam do Gabinete desde a sua fundação.

Polícia Federal e Forças Armadas começaram então uma disputa de poder interno, e ninguém sabia onde isso poderia acabar.

Quando o pai de Mauro Cid começou a entrar nas investigações por cotar os itens personalíssimos, muitos militares olharam a estratégia como uma maneira de forçar uma prisão cautelar de Bolsonaro, caso ele se envolvesse nas investigações, ao procurar o militar. Claro que Bolsonaro não procuraria, visto que não tinha motivos para isso.

Com a declaração do Hacker, da confecção do relatório dos militares sobre as caixas mágicas, a situação chegou no limite.

Membros da PF foram proibidos de voar pela FAB, e ter despesas pagas pelo GSI.

Múcio mandou um ofício a Polícia Federal pedindo informações dos militares envolvidos na declaração do Hacker.

Não respondido, insistiu em outro ofício, dessa vez com a informação vazada a imprensa.

Vamos lembrar que na vez de Flávio Bolsonaro na CPMI, foi encontrada uma inconsistência do depoimento sobre as datas de visitas a defesa. Isso gerou ainda mais descredibilidade a Delgatti, e claro que as forças armadas querem apurar as informações. Assim como querem apurar quem estaria por trás delas.

Nisso toda a mídia cooptada foi colocada para bater em Múcio. Combustível subindo, previsão de inflação, pedaladas na caixa, e revelações bombásticas nas Comissões parlamentares.

E para quem achava que não tinha espaço para mais uma crise, o PT sempre vai surpreender.

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