Bolsonaro no Ceará: O povo nordestino é um caso a ser estudado, que atenta contra as leis da matemática (veja o vídeo)

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Eis um vídeo que fala por si só. As imagens mostram Jair Bolsonaro na sexta-feira (29), em Fortaleza/CE.

“O Nordeste votou em peso no Lula” e “Nordestino é Lula desde sempre”.

Essas são as frases-padrão, que sempre escutamos.

E o resultado divulgado da eleição, sabemos qual foi: de fato, o Nordeste votou em peso em Lula.

Então o nordestino é um povo realmente estranho e singular: ele vota sempre, em peso, em um sujeito que, quando vai lá na região, nem pode sair às ruas, com medo de vaias (refiro-me ao Lula), e demonstra um verdadeiro amor pelo candidato em quem não votou (Bolsonaro).

Veja o vídeo:

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É um caso a ser estudado… Atenta contra as leis da matemática, a lógica e bom-senso, e principalmente a natureza humana de se afastar do que rejeita - e se rejeita Bolsonaro, por que se aproximar dele assim?

Isso escancara muito, mas muito, a “incoerência” (chamemos assim, que fica melhor) não só do eleitor nordestino, mas do eleitor brasileiro. Ele vota em Lula, como mostram os números e a concentração de votos, divulgados pelo TSE (que é o contador oficial dos votos nas eleições), mas se aproxima de verdade é de Bolsonaro, em quem ele não votou na última eleição.

Vídeos como esse mostram a “incoerência” do eleitorado, repito mais uma vez, e isso é, no atual cenário do nosso país, perigoso, quando se criam “ataques à democracia”, fundados em “teorias conspiratórias” sobre a entidade divina que cuida das eleições, métoso e apuração dos votos.

Por isso, podem anotar: o próximo passo dos que querem “pacificar o Brasil” para “proteger a democracia” será proibir Jair Bolsonaro de sair às ruas, para não provocar aglomerações desse povo “incoerente”, impedindo que se registrem momentos como o de sexta-feira.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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