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O massacre da democracia brasileira

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Para não dar chance à esquerdopatia nacional, devo informar que sempre fui um condenador vigoroso de toda e qualquer baderna pública. Tenho ódio, repugnância e nojo (obrigado, Ulysses Guimarães!) de todo ‘black bloc’ e assemelhados. 

Segundo o próprio atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, os que produziram estragos em prédios públicos no 08/01 são “baderneiros”, não são golpistas. 

Na mesma linha se manifestou o eminente jurista Ives Gandra Martins: “são baderneiros, não são golpistas”. (Assista ao vídeo que ofereço no fim deste texto, sobre o pronunciamento de Ives Gandra Martins).

BADERNEIRO deve ser julgado como BADERNEIRO e não por ABOLIÇÃO VIOLENTA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO (EDD) e tentativa de GOLPE DE ESTADO. Esses crimes só existiram (em 08/01) dentro da lustrosa (mas nada ilustre, internamente) cabeça de Alexandre de Moraes e de seus pares naquela corte mínima de Justiça, o STF.

Moraes lembra o monarca absolutista francês, Luís XIV (1638-1715), o Rei Sol, a quem é atribuída a frase: “L’Etat c’est moi” (o Estado sou eu). Adaptando esta frase para o contexto jurídico atual, ela fica: “Le Droit c’est moi” (o Direito sou eu). Moraes nunca pronunciou esta frase (pelo menos não em público), ou uma tradução dela para o Português. Mas não precisa, sabemos pelos seus atos e feitos que é precisamente isso que ele pensa.

Abolição Violenta do EDD e tentativa de golpe sem organização militar de suporte? 

Sem organização militar, sem armas, sem líder e sem cérebro dirigente? 

Uma quimera, um devaneio alucinado, uma mentira que a lógica e os fatos rejeitam. 

Uma vergonha histórica que haverá de ultrapassar nossas fronteiras, para o constrangimento das pessoas sérias e não destituídas de cérebro deste País.

Mas não só isso: os baderneiros (e só eles!) devem ser julgados segundo o DEVIDO PROCESSO LEGAL, em PRIMEIRA INSTÂNCIA JUDICIAL, garantido o DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, como prega o jurista Guilherme de Sousa Nucci:

“Trata-se de garantia individual do duplo grau de jurisdição, prevista implicitamente na Constituição Federal, voltada a assegurar que as decisões proferidas pelos órgãos de PRIMEIRO GRAU do Poder Judiciário não sejam únicas, mas submetidas a um juízo de reavaliação por instância superior. ”

Os baderneiros (É isto que são: baderneiros. Não houve tentativa de golpe de Estado!) do 08/01 não têm prerrogativa de foro privilegiado. Julgá-los diretamente no STF (convertido em um vergonhoso Tribunal do Santo Ofício) é negar-lhes a garantia constitucional do Duplo Grau de Jurisdição. Uma aberração jurídica! Uma crueldade! Deve ser denunciada em Cortes internacionais de Justiça.

Por essas e outras coisas é que o STF é composto, hoje, das PESSOAS MAIS ODIADAS DO BRASIL, segundo o Desembargador aposentado Sebastião Coelho, expressando o sentimento generalizado dos brasileiros de bem e não cabresteados pelos líderes da esquerda corrupta brasileira. Odiar o mal, segundo o padre Antônio Vieira (1608-1697), é virtude e não pecado. Odiar os componentes atuais do STF é sinal de virtude e retidão moral.

Parafraseando Winston Churchill e pensando na lição do padre Antônio Vieira, afirmo:

“Nunca tantos brasileiros virtuosos odiaram tanto tão poucos e detestáveis ministros do STF”.

Assista agora ao vídeo de Ives Gandra Martins sobre o 08/01:

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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