Deputado vira réu por sequestro, cárcere privado e concussão

O deputado federal pelo Paraná, Matheus Laiola (União Brasil), e três policiais civis enfrentam acusações e se tornaram réus em um caso envolvendo sequestro, cárcere privado e concussão, que ocorre quando um funcionário público usa sua posição para obter vantagens indevidas.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) fez a denúncia perante a 4ª Vara Criminal de Curitiba. As informações foram divulgadas na segunda-feira, dia 23 de outubro. O processo está sob sigilo.

De acordo com as investigações, em fevereiro de 2019, os acusados teriam exigido o pagamento de R$ 50 mil do proprietário de uma rede de postos de combustíveis para liberar um funcionário.

Na época, Matheus Laiola ainda ocupava o cargo de delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba.

A defesa do deputado federal alega que "os fatos apresentados pelo Ministério Público não condizem com a realidade" e que provará a falta de atividades ilegais durante o processo.

O Ministério Público não forneceu mais informações sobre os outros três agentes denunciados.

Investigações apontam prisão injustificada

Segundo a acusação do Ministério Público, um funcionário do posto de gasolina foi preso indevidamente durante uma abordagem policial no estabelecimento comercial em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

O empregado teria sido preso supostamente em flagrante, sem qualquer motivo ou ordem judicial que justificasse a detenção, por possíveis irregularidades no estabelecimento.

Conforme as investigações do Gaeco, o funcionário foi liberado após o pagamento de R$ 10 mil pelo proprietário do posto ao grupo de policiais.

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