A ramificação do Hezbollah e sua conexão com o PCC

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Todo o mundo viu o potencial do Hamas no que se refere à maldade, crueldade e covardia. O que muitas pessoas ainda não sabem é que esses grupos terroristas, na sua atuação e modus operandi, não se diferem em nada das organizações criminosas do Brasil. A periculosidade é a mesma.

Em crimes de sequestro e afins eles são especialistas. Genocídio então - são os melhores. Essas aberrações eles praticam às claras – é pra todo mundo ver mesmo.

Mas não pensem vocês que a vida desses terroristas é apenas planejar e praticar ataques terroristas pelo planeta. Não senhores, eles trabalham duro. Praticam tráfico de armas, de drogas e o que é pior: de pessoas. Extorsões, roubos e todos os delitos de natureza violenta, sexual ou econômica também fazem parte do dia-a-dia dessas organizações.

E pasmem! Há quem defenda esses vermes!

Se você que defende esse tipo de insanidade acha que essas tragédias estão limitadas àquela região do Oriente Médio, ledo engano.

Nessas primeiras semanas de guerra Israel vem sendo bombardeado pelo Hamas, da Faixa de Gaza e pelo outro grupo de psicopatas fundamentalistas - o Hezbollah, do Líbano.

Só que o Hezbollah (cujo nome significa “Partido de Deus”), já é velho conhecido no Brasil e suas ligações com o PCC são grandes e profundas. São parceiros no crime.

Em 2014, depois de anos de investigação, a Polícia Federal elaborou um relatório onde revela que os criminosos estrangeiros abriram canais para o envio de armas ao grupo brasileiro.

Uma série de documentos evidenciam que a sociedade entre o PCC e o Hezbollah teria se iniciado em 2006, mas as provas só apareceram dois anos mais tarde, numa operação da Polícia Federal que resultou em diversas pessoas presas por tráfico internacional – foi quando se reuniram os primeiros indícios dessa parceria.

Em 2017, um relatório da Fundação de Defesa da Democracia (FDD), para a Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, confirma a presença do Hezbollah na Tríplice Fronteira, região do Brasil que faz divisa com a Argentina e o Paraguai – território dominando pela violência, com atuação direta de mais de 30 quadrilhas. 

Conclui o relatório que a organização libanesa vem atuando em parceria com a maior facção criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital, para fortalecer os negócios no comércio ilegal de mercadorias, estimando que a atividade tenha gerado um prejuízo de R$ 345 bilhões de 2014 a 2017.

Ainda de acordo com o documento, além do tráfico de drogas produzidas em países da América do Sul como Paraguai e Colômbia, a aliança do PCC com o Hezbollah domina o contrabando de cigarros para o Brasil.

Segundo a Polícia Federal, a lucrativa parceria entre o Hezbollah e o PCC também teria atuação nos portos brasileiros para o transporte ilegal de drogas e armas, além de munições exportadas e importadas pelo crime organizado no Brasil.

Enfim, os relatórios de segurança emitidos pela Polícia Federal nos últimos anos evidenciam a presença de integrantes do Hezbollah no Território Nacional. Da mesma forma, aqui no Brasil encontram-se membros do Hamas e de outros grupos extremistas fundamentalistas islâmicos. É o submundo do crime.

Àqueles que defendem esses psicopatas do Hamas e do Hezbollah, o que se pede é que revejam seus conceitos.

Não confundam a comunidade islâmica com esses grupos terroristas – esses sociopatas não os representam – são criminosos.

O grande problema é que não são poucos fundamentalistas islâmicos e eles estão espalhados pelo mundo. No Brasil a gravidade é mais acentuada, porque eles estão em atuação.

O que causa estranheza é que essas informações constam em documentos oficiais elaborados, ora pela Polícia Federal, ora por órgãos internacionais – e ainda assim o Lula e o Partido das Trevas insistem nessa espécie de “camaradagem” com o Hamas e seus comparsas.

A corrupção deixa seus rastros de fome e de miséria. É ela – a corrupção – o grande câncer do Brasil. A corrupção tem mil facetas. A pior delas, a mais cruel, é quando ela cruza com os caminhos do crime organizado, porque o rastro é de sangue.

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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