Justiça suspende o porte e a posse de arma de deputado acusado de crime grave

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu temporariamente o direito de posse e porte de arma de fogo do deputado federal Delegado Da Cunha (PP).

Ele é acusado de agredir Betina Grusiecki, sua ex-companheira, até que ela desmaiasse em Santos (SP).

A decisão foi proferida pelo desembargador Ivo de Almeida. Na sentença desta quarta-feira, 8, o magistrado ordenou que o parlamentar entregasse suas armas à Polícia Civil em até cinco dias, a contar da data da intimação.

Comportamento agressivo

Um dos argumentos apresentados pelo magistrado para a entrega das armas foi "a postura extremamente violenta e agressiva do acusado, potencializada pelo manejo notório de armas de fogo".

Segundo a Justiça, o deputado teria manuseado armas de fogo na presença de seus filhos, que ainda são crianças.

Foi emitida uma medida protetiva contra Da Cunha para que ele não se aproximasse da ex-companheira e não mantivesse contato com ela, inclusive por meio de mensagens ou redes sociais. O caso corre sob sigilo de Justiça.

“Nesse cenário, é imperativo que o acusado, ora agravado, entregue todas as suas armas”, afirmou o desembargador em sua decisão.

A defesa do deputado informou em nota que ainda não foi notificada e destacou que a decisão judicial foi unilateral, sem que os advogados de Da Cunha fossem ouvidos.

“A decisão parece desconsiderar que Da Cunha é Delegado de Polícia e durante anos enfrentou a principal organização criminosa do país”, declarou em comunicado.

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