Grave denúncia: o Irã possui grande base clandestina de inteligência em São Paulo

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Nessa semana o Brasil teria sido surpreendido com uma notícia bombástica que, com a conjugação da prisão de dois membros do Hezbollah em território brasileiro que planejavam um atentado terrorista em solo nacional, teria deixado o país em estado de alerta.

Entretanto, a grande mídia boicotou o povo e abafou a notícia – impedindo a conscientização da nação para o mal que se aproxima.

Isso é um desserviço quase que criminoso dessa imprensa comprometida com interesses ideológicos nefastos de uma esquerda asquerosa, corrupta, corruptora e irresponsável, porque o que vem pela frente deixará um rastro de sangue jamais visto em nosso país.

No dia 9 do corrente mês, o site de notícias O Bastidor publicou o excelente trabalho do jornalista investigativo Diego Escosteguy, em que revela a existência de uma gigantesca base clandestina do Irã em São Paulo, arriscando sua própria vida e de sua família em detrimento de sua função social como comunicador e sua responsabilidade, como repórter, de noticiar ao povo brasileiro o perigo que se aproxima e que foi instalado no seio da maior cidade do Brasil.

Diego inicia sua reportagem especial com um preâmbulo que resume todo o seu trabalho investigativo:

“A República Islâmica do Irã mantém uma base clandestina de operações em São Paulo com indícios de atividades de inteligência estatal. A reportagem monitorou o endereço e outros associados à rede iraniana em São Paulo. Obteve documentos comerciais, imobiliários e diplomáticos, além de cópias de processos cíveis e criminais contra os iranianos suspeitos. Teve acesso a relatórios reservados de inteligência de agências ocidentais e entrevistou, sob anonimato, fontes com conhecimento das atividades de inteligência de Teerã. A investigação também envolveu o rastreamento, em fontes abertas, das atividades digitais dos iranianos suspeitos de pertencer ao aparato de inteligência dos aiatolás xiitas e de seus laranjas brasileiros”.

Daí pra frente o jornalista comprova sua conclusão de forma incontestável, com farto lastro documental e testemunhal, digno de um trabalho impecável desenvolvido nos três últimos meses – muito antes do fatídico dia 8 de outubro, com a chacina dos judeus praticada em território israelense pelos integrantes do Hamas.

O fato é que a compilação dessas provas, indícios e informações, fica evidente a existência de uma base clandestina do Irã numa casa fortificada o Morumbi, tradicional bairro paulista. É latente a presença de agentes ativos a serviço do aparato de inteligência iraniana em território nacional há mais de 10 anos, que foram se infiltrando através de uma rede de empresas de fachada, com uso de laranjas e endereços falsos – rede essa coordenada por iranianos que detém cobertura diplomática concedida pelo Itamaraty.

O Ministério das Relações Exteriores sabe, a Receita Federal sabe, a Abin também sabe, mas nunca envidou esforços no sentido de monitorar as atividades clandestinas do Irã em solo brasileiro. Brasil...sil...sil !!!

Na mesma proporção que assumem maiores contornos a guerra na Faixa de Gaza, crescem as chances do Hezbollah e Hamas atacarem alvos israelenses fora do Oriente Médio, patrocinados e incentivados pelo governo iraniano – o grande vilão por trás dessas tragédias terroristas. A prisão de terroristas ligados ao Hezbollah realizada pela Polícia Federal nessa semana evidencia essa tendência.

Não podemos esquecer do ataque terrorista do Hezbollah à Embaixada de Israel em Buenos Aires que causou 29 mortes em 1992 e o carro-bomba que matou outras 85 pessoas dois anos mais tarde, no mesmo país.

“Esse contexto geopolítico e histórico é essencial para se compreender a relevância de uma casa na rua Wagih Assad Abdalla, em São Paulo. A pequena rua funciona como um condomínio: há um portão na entrada, controlado por um funcionário alojado numa guarida verde. A base tem um sistema de câmeras de segurança, grades, muros altos e vidros fumê. A campainha anuncia com alarde qualquer visitante. Entre 10 de outubro e 31 de outubro, nas três ocasiões em que a reportagem esteve no local, ninguém atendeu a campainha. Os funcionários que cuidam da rua confirmaram que iranianos frequentam o local, e que há movimento de veículos lá”, complementa a reportagem reveladora.

O Bastidor foi fundo. Levantaram a certidão de inteiro teor do imóvel, junto ao cartório da 15ª região de São Paulo em 27 de setembro. O documento aponta que a casa está registrada, desde março de 2016, em nome do Consulado da República Islâmica do Irã. A República Islâmica do Irã, porém, não tem representação diplomática em São Paulo. Não há qualquer consulado do Irã no Brasil; há somente a Embaixada em Brasília.

Alô Itamarati !!! Alô Abin !!! É sério isso? Estamos falando de segurança nacional !!!

Uma omissão dessa envergadura chega a ser criminosa, pois se torna cúmplice de uma tragédia anunciada que pode marcar a história do país.

O mesmo se pode dizer a respeito da omissão dos grandes veículos de comunicação – concessionários do monopólio da informação no Brasil. Vocês serão igualmente responsáveis caso ocorra um ataque terrorista em nosso país. Esse boicote à informação chega a ser maquiavélico.

O país que era conhecido como o paraíso do crime organizado passa a ser também o paraíso das organizações terroristas.

O governo brasileiro escolheu de que lado está e quem pagará o preço será o povo brasileiro.

Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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