Consequências das delações: Cassação de chapa Dilma/Temer pode dar vitória a Aécio no tapetão

Ricardo Pessoa depõe na Justiça Eleitoral dia 14

05/07/2015 às 05:04 Ler na área do assinante

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou a ter chances reais de ganhar no tapetão da Justiça Eleitoral a eleição que ele perdeu para a presidente Dilma Rousseff.

O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia  é agora uma das testemunhas na ação de investigação judicial eleitoral (Aije) que apura irregularidades na arrecadação da campanha de Dilma no ano passado. O empreiteiro será ouvido no dia 14 de julho.

Outros delatores da Lava Jato também já foram relacionados como testemunhas na investigação eleitoral. No processo, o PSDB afirma que a presidente Dilma cometeu abuso de poder econômico e político nas eleições do ano passado. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, já havia determinado que fossem ouvidos também o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

Ricardo Pessoa contou em seu acordo de delação premiada que foi persuadido "de maneira bastante elegante" pelo atual ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, a contribuir com a campanha petista de 2014. A abordagem lhe custou 10 milhões de reais para a campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos diretamente com Pessoa. Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.

Com esse rumo da Ação Investigatória e os fatos já levantados na Lava a Jato, passa a se tornar provável a condenação da presidente Dilma Rousseff e também de seu candidato a vice, Michel Temer. E se os dois forem cassados por crime eleitoral, não haverá novas eleições, mas a posse imediata do candidato derrotado Aécio Neves, com consequências totalmente diversas do que ocorreria se houvesse um impeachment de Dilma pelo Congresso, que poderia ter como resultado a posse de Temer ou convocação de novas eleições, caso Temer também fosse impedido. Fato semelhante ocorreu no Maranhão em 2009, quando a segunda colocada Roseana Sarney assumiu no lugar do então governador Jackson lago (PDT),

da Redação
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