Como adquirir a casa própria sem comprometer as finanças?

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Muitas vezes, a realidade financeira dos brasileiros impede que eles consigam arcar com imóveis à vista; muitos se complicam com altas taxas de juros.

Encontrar o lar dos sonhos pode parecer uma conquista emocionante, mas a jornada para ter um imóvel para chamar de seu, muitas vezes, é mais desafiadora do que parece. Isso acontece pelo alto investimento necessário para adquirir uma moradia que satisfaça as exigências de cada cliente.

Apesar do pagamento de juros não ser indicado por especialistas do setor financeiro, ter o dinheiro à vista para comprar uma casa ou um apartamento é uma tarefa quase impossível dentro da realidade financeira dos brasileiros.

A transformação do mercado imobiliário brasileiro é um claro sinal de adaptação.

A crescente participação do mercado de capitais no financiamento imobiliário não só fortalece o setor como também oferece novas oportunidades para investidores e compradores.

Este é um momento decisivo para o mercado imobiliário do Brasil.

O financiamento imobiliário pode parecer complexo à primeira vista, mas, com conhecimento e planejamento, é possível navegar por esse processo com confiança. Antes de mergulhar nos detalhes, é importante entender o básico do financiamento imobiliário.

Para simplificar, trata-se de um empréstimo concedido por instituições financeiras, como os bancos, para auxiliar na aquisição de um imóvel. Em contrapartida, o comprador compromete-se a pagar o valor parcelado ao longo de um período acordado, geralmente em anos, arcando com os juros que vão de acordo com a quantidade de tempo das parcelas.

Para não ter surpresas negativas durante o processo, o ponto de partida é a necessidade de avaliar a própria capacidade financeira. Analisar a renda, as despesas e estabelecer uma parcela possível de ser paga, sem abalar a estabilidade financeira.

Uma sugestão comumente utilizada por credores é que a prestação do financiamento não comprometa em grande escala as rendas mensais do cliente. De acordo com a Lei Nº 8.692, o valor da parcela não pode ultrapassar 30% da renda mensal, assegurando que o requerente possa honrar os compromissos sem comprometer a saúde financeira.

No Brasil, o primeiro semestre de 2023 não foi destaque quando se fala na quantidade de imóveis financiados. Entre os meses de janeiro e junho, este número chegou a 260,7 mil unidades, cerca de 26,5% a menos do que no mesmo período do ano passado. Em relação ao montante negociado, foi observada uma queda de 10,5% no primeiro semestre deste ano, com R$ 76,6 bilhões financiados em comparação com o último ano.

Região Nordeste

O setor imobiliário do Nordeste brasileiro enfrenta um período desafiador. Uma queda significativa de 18% no financiamento imobiliário com recursos de poupança foi registrada na região de janeiro a outubro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta redução, que totalizou R$ 1.286 milhões, contrasta com os R$ 1.575 milhões financiados no ano passado, evidenciando uma tendência preocupante para o mercado.

Este cenário desafiador no Nordeste, parte de uma tendência mais ampla no Brasil, levanta questões importantes sobre a sustentabilidade a longo prazo do financiamento imobiliário na região. Especialistas apontam para a necessidade de políticas mais robustas e estratégias adaptativas para reverter esta tendência e estimular o crescimento.

A adquirição de uma propriedade vai além do valor de compra. É crucial considerar os custos adicionais, como impostos, seguros e taxas de escrituração, que podem variar entre 4% e 10% do valor total do imóvel. Estes custos adicionais são frequentemente subestimados, podendo surpreender compradores despreparados.

Este cenário ressalta a importância de um planejamento financeiro cuidadoso. Prospects de compra devem estar cientes não apenas do preço de venda, mas também dos custos ocultos associados à aquisição de um imóvel. O mercado imobiliário brasileiro oferece oportunidades, mas requer um olhar atento e planejamento estratégico.

Taxas de juros

Dentro do financiamento imobiliário, as taxas de juros variam entre os diferentes credores, e encontrar a melhor oferta pode significar uma boa economia ao longo do tempo. É preciso pesquisar bem as taxas oferecidas por bancos, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras. Lembre-se de que uma pequena diferença na taxa mensal pode resultar em grandes resultados durante o tempo de empréstimo.

Com a recente queda da taxa básica de juros, chamada de taxa Selic, para 12,25% ao ano, o momento se torna mais propício para explorar financiamentos no mercado imobiliário, uma vez que a oportunidade de conseguir negócios com juros mais baixos passa a ser uma realidade, proporcionando condições mais atrativas e prestações mais acessíveis.

Burocracia

Para que o financiamento seja consolidado, os credores costumam solicitar documentos como comprovante de renda, extratos bancários e informações sobre dívidas existentes.

Preparar a papelada é crucial e ter esses documentos em ordem agilizará o processo de aprovação.

Parcelas

Ao escolher o financiamento, uma das coisas que o requerente precisa ficar atento é ao método de amortização e ao prazo do empréstimo. A amortização refere-se à forma como o empréstimo é pago ao longo do tempo, podendo ser sistema Price (prestações fixas) ou SAC (prestações decrescentes).

O prazo do financiamento influencia diretamente o valor das prestações, sendo que prazos mais longos resultam em prestações menores, mas com um custo total mais elevado devido aos juros acumulados ao longo do tempo.

Muitos financiamentos imobiliários exigem a contratação de seguros, como o seguro de vida e o seguro de danos ao imóvel. Além disso, a propriedade adquirida geralmente serve como garantia para o empréstimo. Compreender esses aspectos adicionais é crucial para evitar surpresas no futuro.

FONTES

Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança

Comparador financeiro O Melhor Trato

da Redação Ler comentários e comentar