A nova moda dos criminosos menores de idade: estupro coletivo

Ler na área do assinante

O relato da mãe de uma criança de doze anos: "Minha filha viu os meninos e tentou correr, mas um deles puxou os cabelos dela e tirou sua roupa. Ela estava uniformizada.  Minha filha foi encontrada por vizinhos, assustada e sangrando. Alguns me contaram que ela gritava muito de tanto medo."

Desde o crime, a vítima foi transferida do turno da tarde para a manhã. Mas, apesar dos cuidados da escola, o recomeço tem sido difícil.

"Minha filha fez todos os exames médicos e está tomando os remédios necessários em casos como esse", diz a mãe, preocupada com a reação da menina na volta para o segundo semestre". "A diretora deu sete dias para ela ficar afastada. Convívio com os coleguinhas, agora, só depois das férias de julho".

A garota foi estuprada por cinco adolescentes no bairro Paiol, em Nilópolis, no Rio de Janeiro.

Em Capistrano, no Ceará, a Polícia Militar apreendeu três adolescentes suspeitos de estuprar duas jovens, no último dia 1º. Além deles, foram presos Sebastião Pinto de Almeida, de 27 anos, e John Lenon dos Santos, de 20 anos, também envolvidos. Luciana Nogueira Brito, de 17 anos, morreu, e a outra vítima, de 16 anos, ficou ferida.

Conforme depoimento à polícia, a jovem de 16 anos relata que conseguiu fugir do local e chegou ao hospital da cidade ensanguentada e com as mãos amarradas. Ela mesma reconheceu um dos acusados.

Segundo a sobrevivente, ela estava com a amiga na entrada da cidade quando os suspeitos chegaram para conversar. Todos saíram juntos a pé e em seguida elas foram levadas para um matagal, onde houve espancamento e assassinato.

A adolescente de 17 anos morta teve o corpo encontrado por populares dentro de uma cisterna. 

Em Castelo do Piauí, a 190 quilômetros de Teresina, a população ainda tenta entender o crime bárbaro que aconteceu em 27 de maio. Quatro adolescentes, entre 15 e 17 anos, foram espancadas, apedrejadas, estupradas, amarradas e jogadas de um penhasco de 8 metros de altura. Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, morreu. 

No Brasil, são registrados pelo menos seis estupros por hora, dos quais um é coletivo. Ou seja, cerca de 15% dos estupros no País são coletivos. Em até 40% dos casos há drogas envolvidas e em 70% os autores são menores de idade.

As investigações dos casos seguem, todas elas sob sigilo por envolverem menores.

No primeiro caso relatado, onde a vítima foi uma menina de 12 anos, os criminosos ainda fizeram um vídeo. Os parentes da vítima não chegaram a ver as imagens, mas ficaram sabendo do conteúdo do material. A irmã da vítima diz que o vídeo circulou pelos celulares de alguns alunos da escola, aumentando o constrangimento da criança.

Segundo a família da vítima, o trauma sofrido pela menina fica ainda mais evidente enquanto dorme, já que ela sempre acorda assustada à noite.

São três casos, três exemplos de situações dramáticas que estão se tornando corriqueiras.

A sociedade não suporta mais tanta violência e impunidade.

da Redação Ler comentários e comentar