O Brasil contra Israel: A esculhambação da diplomacia e a vergonha nacional

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Nas raras vezes em que vi uma TV ligada, nos últimos anos, nunca foi de maneira voluntária.

Essa praga infesta padarias, restaurantes, supermercados, como se houvesse lei obrigando - ainda não existe, mas quem sabe? - os pobres cidadãos a serem envenenados com o lixo expelido pela TV aberta.

Hoje, num supermercado, vi horrorizado numa tela enorme o atestado da decadência da nano diplomacia brasileira.

Confesso que me senti envergonhado por ser brasileiro.

Na telona, uma moça qualquer informava que Lula declarou apoio à África do Sul contra Israel, em encontro com o embaixador da palestina, Ibrahim qualquer coisa.

A palestina, que o Ibrahim representa, move uma ação, isolada do mundo civilizado, que pede à Corte Internacional de Justiça que condene Israel por 'atos genocidas.'

E Nárnia, o braziu de Lula, corre para apoiá-lo.

Acusa Israel insanamente de violar regras de Crime de Genocídio, uma inversão surrealista da realidade que só poderia sair mesmo da cabeça de apoiadores de terroristas.

E de seus raros parceiros oportunistas, como o atual desgoverno brasileiro.

Como apontou corretamente a Confederação Israelita do Brasil imediatamente após o comunicado do Itamaraty, essa ação deveria ser movida contra os verdadeiros genocidas, os membros do Hamas.

O oportunismo escabroso de Lula acaba com décadas de um posicionamento neutro, cauteloso e sábio do país em relação a conflitos internacionais.

E coloca o país numa vergonhosa classificação, a de uma nação antissemita tosca.

Mas não se trata de antissemitismo.

É só oportunismo mesmo.

Que embrulha o estomago de qualquer um, como o meu, diante daquela telona que expelia essa atrocidade tranquilamente no cérebro de inocentes cidadãos.

Foto de Marco Angeli Full

Marco Angeli Full

https://www.marcoangeli.com.br

Artista plástico, publicitário e diretor de criação.

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