José Dirceu e o tortuoso caminho rumo à delação premiada

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A banca advocatícia que está cuidando dos interesses de  José Dirceu de Oliveira e Silva sofreu mais uma derrota jurídica. Um revés previsível, mas mais um desgaste desnecessário para a já combalida e claudicante imagem do ex-ministro.

O juiz federal Sergio Moro indeferiu o pedido feito pela defesa de José Dirceu para ter acesso ao conteúdo da delação premiada do empresário Milton Pascowtich, preso na 13ª fase da operação, em maio deste ano.

Pascowitch é um dos operadores de pagamento de propina em contratos fraudulentos entre empreiteiras e a Petrobras.

De acordo com Moro, os termos e depoimentos prestados pelo operador ainda estão sob sigilo, que é "indispensável no momento para a eficácia das diligências investigativas em curso a partir dele."

Dirceu e Pascowitch eram amigos muito próximos e parceiros inseparáveis em negócios e negociatas. Pascowitch, homem de confiança do ex-ministro, só aceitou a delação porque foi a única alternativa que lhe restou. Assim, é fácil concluir que o medo assombra José Dirceu. A sua situação é desesperadora. Ele não suporta nem pensar na possibilidade de retornar para a prisão

Entretanto, nos meios jurídicos já se aponta como certa uma nova prisão para Dirceu e, segundo se especula, as novas provas colhidas serão muito fortes e evidentes.

E, pelo visto, se Dirceu retornar à prisão, também só lhe restará uma alternativa para escapar: a delação premiada.

Em indo rumo a somente esta possibilidade, o que fará o ex-todo poderoso Chefe da Casa Civil? Agarra com unhas e dentes o par de tornozeleiras ou fecha a boca e salva a República?

Lívia Martins

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