Apreensão do passaporte de Bolsonaro: uma vitória de Pirro

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Em mais um dia 8, desta vez de fevereiro de 2024, logo após o crepúsculo matutino náutico, a Polícia Federal se dirigiu as residências de diversas pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive a residência do mesmo.

O motivo: suposta tentativa de golpe. Não aquela de 8 de janeiro de 2023, sem armas, sem líder,  sem ânimo para golpe, sem nada.

Dessa vez a tentativa, ou melhor, uma suposta intenção de golpe, que ocorrera antes das eleições de outubro de 2022.

Novas narrativas foram criadas, mas todas desconstruídas antes mesmo do início do crepúsculo vespertino náutico.

Nessa operação batizada de "tempus veritatis" (tempo/hora da verdade), tomara que a maior vítima não seja justamente ela, a verdade.

Mandados de busca e apreensão contra ex-assessores, ex-ministros, entre civis e militares, inclusive generais de 4 estrelas.

Houve prisão de militares e civis.

Enquanto isso o país inicia o ano com mais de 230 bilhões de rombo no caixa.

O STF é questionado lá fora por suposta perseguição a Transparecia Internacionsl, por divulgar o índice de percepção da corrupção no Brasil.

A epidemia de dengue em todo país sem que o governo Lula se preparasse para combater a epidemia, sem sequer adquirir vacinas.

Aumento considerável do número de mortes de yanomamis em território brasileiro.

Uma crise moral nunca antes vista na história do Brasil,  onde corruptos, confessadamente criminosos estão soltos e suas multas vergonhosamente sendo perdoadas.

Mas foi apreendido o passaporte de Bolsonaro. Uma verdadeira cortina de fumaça.

Há quem veja isso como uma vitória. Mas o preço se pagar está muito alto.

Na realidade se houve uma vitória, foi uma vitória de Pirro.

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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