Golpistas e Larápios: um resumo da caminhada comunista rumo ao poder no Brasil

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“Continuamos a ser a colônia, um país não de cidadãos, mas de súditos, passivamente submetidos às ‘autoridades’ – a grande diferença, no fundo, é que antigamente a “autoridade” era Lisboa. Hoje, é Brasília”. (Roberto Campos).

O dia 31 de março é um ferro em brasa na testa dos comunistas. Essa marca indelével produzida por suas ações contra a nação brasileira e mostrada ao mundo através dos registros históricos no tempo em que aconteceram é ao mesmo tempo um infortúnio para os militantes comunistas e uma conveniência, através da mentira, de modificar a direção real dos acontecimentos e recontar a história através de sua ótica enviesada.

Em 25 de março de 1922, inspirados pela Revolução Russa, ex-anarquistas fundaram o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Eles se definiram como partido político brasileiro de extrema-esquerda, seus militantes e quadros revolucionários se formam na luta de classes, na organização do proletariado e no estudo das obras de Karl Marx e Friedrich Engels. Anos depois, a essa base teórica e prática seriam acrescentado os nomes de Mao Tsé-Tung e Gramsci.

Os comunistas, desde o inicio de sua fundação, pregaram uma revolução imediata dentro da pátria brasileira contra, segundo eles, as oligarquias, o imperialismo e o autoritarismo.

Em 1935, 13 anos depois de aportarem no Brasil, os comunistas estavam prontos para tomar o poder. Eles organizaram a conspiração chamada de “Intentona Comunista”, através de seu líder, Luis Carlos Prestes. 

A insurreição comunista começou no Rio Grande do Norte. Ela derrubou o governador Rafael Fernandes Gurjão, que teve de se asilar no Chile. O estado ficou por três dias com o comitê popular revolucionário no poder. 

Pode-se dizer que foi esse o primeiro governo comunista que conseguiu se instalar no país, e o primeiro na América do Sul.

A revolta teve fim quando se constatou que: 1) nenhuma guarnição importante havia aderido à insurreição; 2) que em Pernambuco o movimento havia sido sufocado; 3) que o 20º batalhão de caçadores de Alagoas e a polícia paraibana se preparavam para invadir o Rio Grande do Norte.

Os rebelados, então, fugiram de Natal, para serem capturados mais tarde pela polícia. O total de mortos não chegou a 20.

O mesmo aconteceu em Recife e no Rio de Janeiro, um fracasso total.

- “Os comunistas não conseguiram apoio popular, reunindo menos de 2 500 pessoas nas três cidades [em que ocorreram os levantes]. Ainda que o número possa ser maior, já que outras 1 420 foram presas em outros estados por estarem supostamente relacionadas ao levante, o movimento de novembro nem de longe mobilizou "as grandes massas proletárias" que formariam a revolução socialista no Brasil. O que de fato aconteceu foi mais uma quartelada na história brasileira. No Rio de Janeiro, dos 838 indiciados, 65% eram militares e apenas 9%, operários”. (Trespach, Rodrigo - A Revolução de 1930: O conflito que mudou o Brasil. Rio de Janeiro: Harper Collins. p. 183).
"Reprimidos e derrotados, os comunistas golpistas foram submetidos a intensa desmoralização - a começar pelo nome pejorativo e desqualificante que recebeu o movimento ("Intentona", ou "intento louco") por parte das cúpulas militares". (Nelson Werneck Sodré- historiador).

Mas os comunistas não desistem nunca.

Lambendo as feridas e se dizendo vítimas, os “comunas golpistas” de 1935 se reorganizaram nos anos seguintes. E nas décadas de 40, 50 e 60 se fortaleceram e em 1960 introduziram como vice o comunista João Goulart, conhecido como Jango na chapa de Jânio Quadros que venceu a eleição para Presidente.

Em 1961 Jânio renunciou alegando “forças ocultas” e o comunista Jango assumiu. Esse ato gerou protestos do Brasil inteiro. Mesmo assim Jango foi empossado no cargo. Em seu governo a crise econômica e os conflitos sociais aprofundaram-se. 

O Brasil de 1964 era um país de brasileiros com medo, temeroso por seu futuro: greves gerais, ameaça de guerra civil, deterioração econômica e financeira, inflação alta puxando os preços de tudo, o Brasil afundava em caos.

Os jornais estampavam em suas páginas o pedido de falência do Banco do Brasil. Havia muita agitação e revolta nas ruas. A produção estava desarticulada, faltando produtos de primeira necessidade.

Tudo isso fez com que o povo fosse às ruas para protestar, como a Marcha com Deus pela Família, a mídia, OAB, Igreja Católica, empresários e agricultores, todos queriam uma intervenção militar porque o Brasil estava ameaçado e assim como em 1935, os mesmos comunistas que levavam na testa a marca de golpistas e que posavam de vítimas, estavam prontos para iniciar uma nova insurreição.

No meio deste cenário de incertezas, de possibilidades de conflito armado com derramamento de sangue e de medo da população surgiu a solução menos antevista de todas, uma operação militar extremamente bem-sucedida que, na noite de 31 de março e madrugada de 1º de abril, bloqueou as ruas das principais cidades brasileiras e instaurou um novo governo no Brasil.

Os comunistas fugiram como baratas, buscando refúgios em esconderijos e embaixadas de países simpáticos a suas ideologias, a extrema direita também foi neutralizada pelos militares, e um país inteiro foi livrado da guerra civil e de uma provável ditadura comunista com nenhuma morte sequer.

Em 2 de Abril foi declarada vacância por aclamação. Em 11 de Abril, o Congresso, inclusive com voto de Ulisses Guimarães e Juscelino Kubitschek, elegeu Castelo Branco presidente do Brasil. Os jornais noticiaram a grande festa do povo nas ruas em comemoração deste dia.

Pois é essa operação militar que é erroneamente ensinada nas aulas de história como o “golpe militar de 1964”. Eu prefiro chamá-la de “a contra-revolução de 1964”, a incursão militar menos sangrenta da história da humanidade.

Hoje, com a Internet, qualquer um pode buscar essa verdade histórica que foi falseada pelos historiadores comunistas. Basta clicar nos jornais da época e todas as manchetes saltarão aos seus olhos e nenhum texto afirmará aquilo que os livros de historia usados nas escolas, e que adestram o pensamento dos estudantes brasileiros, afirmam.

Mas os comunistas não desistem nunca.

Em 1965, os militares não devolveram o poder ao povo, alegando que precisavam continuar a combater os comunistas que ainda estavam organizados e ainda ameaçavam o país de golpe.

Foi a deixa para que os comunistas iniciassem a luta armada. Agora com nova propaganda. Lutavam contra o regime militar.

Só que eles não lutavam pela democracia. Essa é uma das maiores mentiras inventadas pela esquerda.

Não! A esquerda brasileira nunca lutou pela democracia! Se você pegar qualquer livro didático vai constar que a luta armada levou à democracia, o que é mentira, pois estes grupos defendiam uma ditadura comunista.

São dezenas as organizações comunistas, das quais se destacaram a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Todas lutavam para instalar uma ditadura comunista no Brasil aos moldes de Cuba ou da União Soviética. Olhem o que diziam seus manifestos, deixados a cada ação terrorista que executavam:

- O Ação Popular (AP), que contava com a participação de José Serra, defendia com todas as letras “vamos substituir a ditadura da burguesia por uma ditadura do proletariado”.
- Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) era bem claro: “instalar um governo popular e não a chamada redemocratização”.

Estes grupos utilizavam-se de táticas criminosas de guerrilha que incluíam bombas, seqüestros, assassinatos, assaltos e diversas outras modalidades aprimoradas pelo intercâmbio comunista com Cuba, China e União Soviética. E assim chegamos aos anos 70.

Em 1971, quase todas as organizações armadas foram desarticuladas pela repressão e seus dirigentes presos ou mortos. Quando o general Ernesto Geisel tomou posse da Presidência da República em março de 1974, a guerrilha urbana já havia sido extinta, ao custo de centenas de presos, mortos (de um lado e de outro), exilados e desaparecidos.

Mas outra luta, agora invisível, estava por começar.

Como eu já disse e repeti neste texto, os comunistas não desistem nunca.

Perdida a luta armada eles resolveram infectar o sistema por dentro tal foi a brandura da “ditadura militar” brasileira, que permitiu à esquerda que ocupasse os mais importantes postos relacionados à educação e à mídia, dando a essa mesma esquerda que os demoniza a tranqüilidade que precisavam para subverter a história oficial e estabelecer um quartel-general gramscista em cada redação, em cada escola pública e em cada universidade do Brasil.

E chegamos aos anos 80.

O cadáver ambulante comunista usou outra estratégia para tomada de poder. Começou a parir Partidos Políticos, todos simpatizantes ou oriundos dos grupos terroristas de esquerda citados acima e começaram a se chamar de socialistas ou centro-esquerda e afirmar que agora defendiam a democracia e as causas das minorias abandonadas: índios, indigentes, homossexuais, sem terra... São eles:

- Partido dos Trabalhadores (PT), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Verde (PV), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), Partido Socialista Brasileiro – PSB, Partido da Causa Operária – PCO, Partido Comunista Brasileiro - PCB, Partido Popular Socialista – PPS, Partido Comunista do Brasil – PCdoB.

Assim como os vírus, os comunistas se multiplicaram em diferentes Partidos para enganar os incautos brasileiros.

Enquanto isso o movimento das “Diretas Já”, liderados por Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro lutava para restabelece a democracia no Brasil.

Então chegamos a 1984. O movimento “Diretas Já” permitiu que o país voltasse a ser democrático, pois era apoiado pelo povo e tinha como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República através da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso.

Em janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.

Em 1990 Collor se torna o primeiro Presidente eleito depois da redemocratização do país. Então os comunistas começam a agir, respaldados agora por Partidos Políticos. O PT pede o Impeachment de Collor.

Em setembro de 1992 Itamar Franco assume o governo e cria o plano real. Governa até 1995.

Em 1995, Fernando Cardoso, sociólogo, esquerdista enrustido, se torna Presidente e institui a reeleição. Governa até 2002. Inicia-se nesse período o “Teatro das Tesouras”.

- “Defendida por Vladimir Lênin, ela estabelecia que a forma mais eficiente de governar é dividir um grupo político em duas forças. As duas com os mesmos objetivos, discordando apenas em detalhes a respeito dos métodos.

A estratégia é eficiente quando a opinião pública não enxerga a tesoura, mas apenas as lâminas. Assim, cria-se a ilusão de democracia, de alternância de poder, quando na verdade quem se mantém no controle é um mesmo grupo, ainda que diferentes alas internas se alternem no controle.

Há quem aplique essa metáfora à situação política do Brasil entre 1994 e 2016. Da eleição de Fernando Henrique Cardoso ao impeachment de Dilma Roussef, dois partidos, PSDB e PT, governaram o Brasil. Houve um momento em 1993, aliás, em que cogitaram formar uma chapa para lançar um candidato único — tese defendida na época pelo tucano Tasso Jereissati.

Quando teve início a redemocratização, “o PT era o comunista mais radical, o PSDB era o comunista adocicado”, afirma o filósofo Olavo de Carvalho em um vídeo sobre o tema. “A democracia foi o rodízio do PT e do PSDB, com a ajuda do PMDB”. 

Aliás, foram os dois partidos que controlaram o cenário eleitoral das eleições para presidente ao longo de duas décadas. Fernando Henrique ganhou no primeiro turno, com Lula em segundo, por dois pleitos seguidos. Lula foi eleito e reeleito em segundo turno contra candidatos do PSDB, assim como Dilma Rousseff, tanto em 2010 quanto em 2014. Foram seis eleições consecutivas lideradas por PT e PSDB, entre as oito realizadas após a redemocratização”. (Teatro das Tesouras - Gazeta do Povo).

E finalmente em 2003 os comunistas, usando o semi-analfabeto Lula como “homem do povo”, se instalam no poder. Ele fica até 2011. Passa bastão para Dilma que governa de 2011 até 31 de agosto de 2016, quando sofre Impeachment.

Nesse período ocorrem os escândalos de corrupção do mensalão e o petrolão. São considerados os maiores assaltos já perpetrados contra uma nação na historia da humanidade. Os comunistas, antes tinham a marca na testa de golpistas, agora acrescentam em sua testa a marca indelével de larápios.

Assume Michel Temer que fica até 2019.

Em 2018, acontece o imprevisto, um ponto fora da curva, é eleito Bolsonaro que fica de 2019 até 2023. Ele ressuscita a ideia de direita no país. Enfrenta toda fúria da imprensa esquerdista, dos artistas, da esquerda dominando os centros culturais, as universidades e escolas, com professores do ensino médio ensinando que a esquerda lutou contra a ditadura militar e pela liberdade democrática, resiste a cólera do país aparelhado em todos os setores pelos comunistas e em seu governo incide a epidemia de Covid 19 que assolou a humanidade.

Em 2023, assume outra vez Lula, ex-condenado a 12 anos de cadeia pelos crimes cometidos contra a nação brasileira e o poder volta para as mãos dos comunistas, agora claramente definidos: golpistas e larápios governando uma nação de 205 milhões de habitantes para a vergonha dos brasileiros que ainda possuem dois neurônios.

Bom domingo de Páscoa a todos.

Esse texto tem por base pesquisa feita nos livros: - “Mentiram (e muito) Para Mim” - (Flavio Quintela). - “O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro” (Rollemberg, Denise).  - “O mínimo que você Precisa saber para não ser um idiota”. (Olavo de Carvalho). - “Como Não Ser Enganado Pela Esquerda” - ADMS de Direita (ROGERIO).   - Jornais e revistas da época, pesquisa na internet (Wikipédia).

Foto de Carlos Sampaio

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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