Twitter Files revela a lista mais chocante de todas

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Na última quinta-feira (10), durante uma sessão do Senado dedicada ao caso dos Twitter Files Brazil, os jornalistas Michael Shellenberger e David Ágape apresentaram um resumo detalhado da investigação.

Os dois profissionais utilizaram um slideshow para expor os principais achados, incluindo uma lista de indivíduos e veículos de mídia que sofreram censura por parte do Judiciário brasileiro.

A apresentação mostrou que os responsáveis pelos Twitter Files identificaram aproximadamente 80 figuras públicas e organizações que foram penalizadas por expressarem suas opiniões nas redes sociais.

Durante a introdução, Ágape destacou a dificuldade em precisar o total de contas censuradas no Brasil, mencionando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não disponibiliza acesso a esses dados. Segundo um slide constam nove personalidades e os conteúdos que motivaram as sanções impostas. Dentre eles estão:

- Luciano Hang (empresário) – Criticou um artigo do jornalista Guilherme Amado em um grupo de WhatsApp;
- Homero Marchese (político) – Teria divulgado o banner de um evento em Nova York, que indicava a localização de ministros do STF;
- Jovem Pan (rede de comunicação) – Referiu-se à condenação de Lula, sofrendo multas diárias e proibição de usar termos que pudessem "afetar a honra" do ex-presidente;
- Gazeta do Povo (jornal) – Reportou o apoio de Lula ao presidente da Nicarágua;
- O Antagonista (jornal) – Publicou sobre um membro de facção criminosa;
- Revista Crusoé – Divulgou a matéria “Amigo do Amigo do meu Pai”, envolvendo Dias Toffoli;
- Brasil Paralelo (produtora) – Criou o documentário Desordem Informacional;
- Bruno Aiub (Monark) – Acusado de "espalhar desinformação" nas redes sociais;
- Marcos Cintra (político) – Questionou a transparência eleitoral e interpelou o TSE.

Além desses, os jornalistas Allan dos Santos, Guilherme Fiuza, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino foram sancionados por Alexandre de Moraes no âmbito do “inquérito das fake news”. O jornalista Bernardo Kuster também teve suas redes suspensas.

Em 2022, a ex-juíza Ludmila Lins Grilo teve suas contas no Twitter/X bloqueadas após criticar a gestão estadual durante a pandemia de covid-19 e por alegadamente "incitar ódio" nas redes. Especificamente, nos inquéritos liderados por Moraes, tanto o STF quanto o TSE são citados como partes desse sistema. Em relação ao governo Lula, as ações são vinculadas à Procuradoria Nacional da União em Defesa da Democracia, conhecida nas redes como "Ministério da Verdade". No Congresso, a suposta censura seria facilitada pela tentativa de aprovação do Projeto de Lei 2.630/2020, apelidado de "PL da Mordaça".

Ludmila é uma das autoras do livro "Inquérito Do Fim do Mundo"Um conteúdo primoroso e corajoso sobre um dos maiores absurdos jurídicos que o Brasil já viu. Caso queira apoiar a batalha de Ludmila, você pode comprar o livro no link abaixo:

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da Redação Ler comentários e comentar