Primeira-dama de quadrilha do tráfico participou de esquema criminoso com assassino da irmã

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Na quarta-feira (24) foi deflagrada a Operação Last Chat, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

Foram cumpridos 55 mandados judiciais (prisão preventiva e busca e apreensão) em Campo Grande/MS, Ponta Porã/MS, São Paulo/SP e Fortaleza/CE.

O objetivo da operação foi desmantelar uma organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em 5 (cinco) Estados, desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados (aproximadamente 40), entre os quais um ex-policial militar, servidor público municipal e 3 (três) advogados.

Simultaneamente ao tráfico de drogas, a organização criminosa atua fortemente no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros (Porsche, caminhões etc.), entre outros.

As atividades do grupo criminoso são coordenadas por Rafael da Silva Lemos (o Gazela), contra quem pesam condenações criminais que somam mais de 49 anos de prisão.

Para liderar organização criminosa complexa do interior do sistema penitenciário, servia-se ora do uso ilícito de aparelhos celulares, ora de entrevistas reservadas com advogados que se prestavam a repassar os comandos criminosos aos diversos integrantes do grupo.

As investigações tiveram início a partir da análise de aparelho celular apreendido em posse de uma advogada presa durante a Operação Courrier, mas beneficiada com prisão domiciliar dias depois, a quem o líder contatava por mensagens para a prática de obstrução de investigações, lavagem de dinheiro, corrupções, e outros crimes.

No transcorrer dos trabalhos, foi possível identificar mais de 4 toneladas de maconha, mais de 3 mil comprimidos de ecstasy, centenas de munições e carregadores de fuzil de calibre 762 e pistolas cal. 9mm, pertencentes à organização criminosa, apreendidos em ações policiais. De acordo com levantamento realizado pelo GAECO, as apreensões geraram um prejuízo ao crime organizado superior a R$ 9 milhões.

Viviane Fontoura Holsback, esposa de Rafael da Silva Lemos, o “Gazela”, foi alvo do Gaeco na quarta-feira (24).

Acusada de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Figura como a “primeira-dama” do esquema criminoso.

Em setembro de 2017, foi presa junto com Roberson Batista da Silva, principal suspeito de matar sua irmã, Mayara Fontoura Holsback. Na ocasião, ambos foram apontados como integrantes de um esquema criminoso que roubava e vendia mercadorias.

Mayara, irmã de Viviane, foi assassinada a tesouradas por Roberson Batista da Silva em setembro de 2017. Roberson foi condenado a 17 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio.

A investigação da Operação “Last Chat” aponta que Viviane era peça fundamental na organização criminosa liderada por Rafael.

Ela teria atuado na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas, além de auxiliar na logística da quadrilha.

Viviane foi presa preventivamente durante a operação.

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