Toffoli inventa o ‘poder da caneta’ que apaga propina, confissão de crime e caixa 2, diz Estadão

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 21, anular todas as condenações do empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Francisco Leali conta que o STF “anulou tudo, menos a delação feita pelo ‘príncipe’ do que já foi o maior grupo empresarial da construção civil do país.”

Para Leali, a decisão de Toffoli resulta em um paradoxo. Na delação premiada, Odebrecht confessou crimes e apontou culpados de várias siglas partidárias.

“O acordo da delação ainda estaria de pé, mas as condenações que decorreram disso e foram impostas ao empresário caíram”, afirma o jornalista. 
“Temos crime, mas as confissões não valem para impor punição.”

Na prática, segundo a publicação, o Supremo já havia reduzido parte das penas do acusado.

“A Lava Jato virou um quadro que já se tirou da parede e preferiu-se guardar no sótão do Poder Judiciário”, comenta o jornalista do Estadão.

Na opinião dele, as anulações estão “ancoradas” na conduta do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR). Na época magistrado, Moro teria levado a política para dentro dos processos e não mantido a imparcialidade necessária em seu gabinete.

“Ao dizer que nada que a justiça e Moro impuseram a Marcelo Odebrecht vale, Toffoli parece avisar que é melhor apagar as histórias que a Lava Jato revelou”, critica Leali.

Ele menciona que, antes de a imparcialidade de Moro ser questionada, corruptos e corruptores haviam revelado que os contratos da Petrobras financiavam propinas milionárias no mundo político.

“Ainda que os investigadores tenham descoberto que a Odebrecht tinha um departamento para tratar do suborno e do pagamento de caixa 2 nas campanhas eleitorais e mantinha um sistema secreto guardado fora do país, fica agora valendo que Marcelo, o principal gestor da empresa, não poderia ter sido condenado por isso”, escreve Leali. “Pelo menos não por Moro, e não como foi conduzido o processo”, acrescenta.

‘Poder é de quem está com a caneta’

Na visão do jornalista, a atitude de Toffoli confirma uma constatação feita por ele mesmo em um encontro ocorrido pouco depois de sua posse, em Brasília.

Na ocasião, o ministro lembrava dos tempos em que era responsável por levar os papéis para a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato.

“Ao reunir convivas para um jantar, o ministro rememorou sua temporada como subordinado direto de José Dirceu e sentenciou que o verdadeiro poder é o de quem está com a caneta”, conclui Leali.

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