Quinze milhões de reais somem após operação do Bope

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Uma operação policial no Rio de Janeiro desenvolvida pelo Bope - Batalhão de Operações Policiais Especiais - teria deixado cinco traficantes mortos e apreendido  seis fuzis, drogas e quinze milhões de reais em dinheiro vivo.

Entretanto, após a tal operação, os policiais registraram na delegacia como material apreendido, apenas os fuzis e os pacotes contendo drogas. A grana sumiu, evaporou...

De acordo com uma detalhada denúncia recebida pela Corregedoria, no decorrer da operação na favela, os policiais foram levados por um bandido encapuzado ao ponto exato da mata no alto do morro onde o dinheiro estava enterrado dentro de tonéis. Um capitão do Bope ficou encarregado de dividir a grana. No Morro da Covanca funciona atualmente uma espécie de central de abastecimento de drogas da facção Comando Vermelho - daí a existência de tanto dinheiro vivo escondido.

Na última quinta-feira (9), após receber a denúncia, a Corregedoria Interna da Polícia Militar promoveu uma verdadeira "devassa" no quartel do Bope e nas casas dos policiais envolvidos. O dinheiro não apareceu. 

Um soldado e um major foram presos. O major imediatamente pagou fiança - talvez até utilizando uma ínfima parte da grana sumida - e foi solto.

Todas estas investigações fazem parte de um Inquérito Policial Militar (IPM) sobre desvios de conduta no Bope que a PM afirma estar transcorrendo em sigilo. 

O Bope sempre manteve para a sociedade uma imagem de absoluta correção, reverenciada inclusive no filme "Tropa de Elite".

Fatos como esse e outros que são mencionados numa reportagem publicada esta semana pela revista Veja, desmontam e fazem cair por terra esse espelho de postura ética. 

Entre os casos relatados na reportagem, grampos da polícia mostram os negócios ilícitos de um sargento com um traficante em que se faz menção, inclusive, a outros membros da corporação, sugerindo a ação de uma quadrilha interna. 

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da Redação Ler comentários e comentar