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Aluno espanca professora e agressões nas escolas começam a virar rotina...

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Receber agressões verbais faz parte da rotina de muitos profissionais da educação. Uma pesquisa realizada em São Paulo mostrou que a cada dez professores daquele estado, pelo menos quatro já sofreram agressões físicas ou verbais por parte de alunos. O mesmo relatório mostra ainda que 42% dos docentes já viram alunos sob efeito de drogas, e 29% testemunharam tráfico dentro da escola.

No Brasil - a "Pátria Educadora" preconizada pelo novo mandato da presidente Dilma Roussef - as histórias envolvendo agressões a professores se acumulam. 

No decorrer desta semana, mais um fato lamentável entra para a conta da "Pátria Educadora". A professora e diretora de escola Carla Valéria de Oliveira, de Aracaju, no Sergipe, foi espancada por um de seus alunos, de apenas 16 anos.

O agressor ficou sabendo que, por ter danificado, através de uma explosão, um patrimônio da escola, seria expulso, não titubeou, cantarolando, aproximou-se da diretora e disse "eu saio, mas eu lhe mato". Partiu para cima, deu vários socos, bateu a cabeça de Carla contra a parede e só parou porque achou que ela estava morta.

Carla, assustada e com medo de que a cena se repita, pediu transferência. Como alerta, avisa que o grande problema do colégio é o consumo de drogas, que ela tentou combater em vão. 

Num outro caso, uma professora de geografia da rede estadual de São Paulo que não quer ser identificada, faz relatos contundentes de uma situação que vivenciou em sala de aula. "Fui amordaçada dentro da sala de aula. Minhas mãos, minha boca e meus pés ficaram amarrados. Me pisotearam e me furaram com caneta." Sem dúvida, fatos inacreditáveis, mas verdadeiros.

O professor Walter da Rocha e Silva, de 36 anos, foi agredido por um aluno de apenas 14 anos, na Escola Estadual João Baptista Negrão, na cidade de Rio Claro (SP), no dia 05 de maio deste ano. Walter não quer mais lecionar por receio de que novas agressões ocorram.

São alguns casos, alguns exemplos da situação ora enfrentada pelos professores da "Pátria Educadora". Um clima de verdadeiro horror, que não condiz com um ambiente onde se deveria educar.

Infelizmente, é notório que o Estado não tem a mínima condição de enfrentar  a realidade de nossas escolas. Falta vontade, falta dinheiro e falta educação. A Justiça é omissa ou extremamente branda. Segundo o Código Penal, os autores desses tipos de agressões, respondem por lesão corporal leve e, se condenados, são enquadrados por crimes de menor potencial ofensivo, geralmente a doação de uma cesta básica ou prestação de serviços à comunidade. 

De outro lado, os salários dos professores está cada vez mais achatado e o profissional da educação cada vez mais desmotivado.

Um quadro sombrio e sem perspectivas, não obstante o infindável aparato de demagogias da classe política.

Lívia Martins

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