A discussão sobre aborto tem alcance muito mais amplo do que se imagina: O golpe de misericórdia e a derrota de Lula

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Os governistas comemoram a pauta da PL 1904, por ela reativar a militância esquerdista que já não apoiava Lula.

Mas Lira sabe que na exposição do texto, a grande maioria da sociedade brasileira, que é conservadora, vai condenar o aborto depois da vigésima segunda semana.

A pauta não é de meio termo. Em época de eleição, políticos não querem carimbo de abortistas.

O texto se aprovado, vai colocar a militância contra Lula, por não articular.

Quando a pressão pelos inúmeros outros problemas chegar, Inácio será abandonado pelos esquerdistas ressentidos.

A pauta ainda vai aproximar deputados de direita que estavam ressabiados com Lira, e fazer Elmar na sucessão da Câmara, que já se comprometeu em off a aprovar uma anistia dos presos políticos do país.

Até o turbilhão passar, pautas econômicas urgentes de Haddad vão para a geladeira, por não terem viabilidade. Prefeitos amostradinhos vão ter de evitar deputados que defenderam as feministas no embate, perdendo parte do eleitorado.

Para quem enxerga além do superficial, foi praticamente um golpe de misericórdia. Sem precisar de impeachment a gestão Lula foi derrotada.

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