Atriz de Hollywood relata desafios diários em luta contra doença sem cura

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A atriz Christina Applegate, de 52 anos, fez um comovente desabafo sobre as dificuldades cotidianas que enfrenta em sua batalha contra a esclerose múltipla. A estrela da série “Disque Amiga para Matar” revelou seu diagnóstico da doença autoimune em agosto de 2021 e compartilhou os desafios que vivencia, como o “perrengue” ao tentar se depilar.

No episódio mais recente de seu podcast “Messy”, coapresentado com a atriz Jamie-Lynn Sigler, de 43 anos, que também convive com a esclerose múltipla desde os 20 anos, Christina abordou os obstáculos impostos pela condição neurológica degenerativa.

“[Depilação] é complicado quando sua barriga é grande como a minha. Você precisa levantá-la e tentar alcançar... sabe o que quero dizer? Você tenta se equilibrar com uma mão enquanto usa a outra, o que resulta em quedas no chuveiro. Sei que outras pessoas com EM podem se identificar com isso.”

Jamie-Lynn complementou:

“Você precisa literalmente sentar no chão do chuveiro e se contorcer de maneiras esquisitas para conseguir.”

Recentemente, Christina revelou que tem usado o humor como forma de lidar com sua condição.

Em participação no programa Jimmy Kimmel Live, ela abordou sua realidade de forma descontraída.

“Eu estava pensando, não seria engraçado se eu entrasse e fizesse um salto mortal como Willy Wonka? E então você pensaria: ‘Ela é uma mentirosa’. Eu não sou. Eu literalmente sou deficiente.”

O apresentador respondeu:

“Eu percebi em nossas trocas de mensagens que você tem um senso de humor bastante sombrio.”

Christina admitiu:

“É assim que eu resisto. É assim que me mantenho bem.”

Ela explicou que, se não estivesse rindo, estaria chorando o tempo todo.

O apresentador acrescentou:

“Você provavelmente faz um pouco disso, tenho certeza.”

Ela comentou:

“Todo dia, quando acordo. Está tudo bem. Quer dizer, é horrível. Não vou mentir. E acho que qualquer pessoa que tenha EM não vai dizer: ‘Isso é a melhor coisa que já me aconteceu'”
“Realmente não é. Porque isso significaria que você tem uma vida muito ruim se isso é a melhor coisa que já aconteceu com você.”

Sobre a Doença

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica e imprevisível que afeta o sistema nervoso central, composto pelo cérebro e medula espinhal. Esta condição autoimune ocorre quando o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, uma camada protetora que envolve as fibras nervosas, causando inflamação e danos. Como resultado, a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo é interrompida, levando a uma variedade de sintomas.

Os sintomas da Esclerose Múltipla são diversos e podem variar amplamente entre os indivíduos. Alguns dos mais comuns incluem fadiga extrema, dificuldades de coordenação e equilíbrio, problemas de visão, fraqueza muscular, espasmos, dor crônica, problemas de memória e concentração, além de alterações no humor e no controle da bexiga. Esses sintomas podem aparecer de forma episódica, conhecida como surtos, ou podem ser progressivos, piorando ao longo do tempo.

A causa exata da Esclerose Múltipla ainda é desconhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais esteja envolvida. A doença é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente é diagnosticada entre os 20 e 40 anos de idade. A pesquisa sugere que fatores como infecções virais, deficiência de vitamina D e tabagismo podem aumentar o risco de desenvolvimento da EM.

Atualmente, não há cura para a Esclerose Múltipla, mas existem diversos tratamentos disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a frequência e a severidade dos surtos. Medicamentos modificadores da doença, como interferons e imunomoduladores, são frequentemente prescritos para retardar a progressão da doença. Além disso, terapias físicas, ocupacionais e psicológicas podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudando-os a gerenciar os sintomas e a manter a funcionalidade.

A expectativa de vida para pessoas com Esclerose Múltipla geralmente não é significativamente reduzida, especialmente com o avanço dos tratamentos e a melhoria no manejo da doença. No entanto, a qualidade de vida pode ser impactada devido aos sintomas e complicações associados. É essencial que os pacientes com EM recebam um diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado para maximizar sua independência e bem-estar.

Para aqueles que convivem com a Esclerose Múltipla, o apoio da família, amigos e profissionais de saúde é crucial. Comunidades e grupos de suporte podem fornecer recursos valiosos e uma rede de apoio emocional, ajudando os pacientes a enfrentar os desafios diários da doença. A conscientização e a educação sobre a EM também são fundamentais para combater o estigma e promover um melhor entendimento da condição na sociedade.

da Redação Ler comentários e comentar